sábado, 27 de agosto de 2011

Tecnologias de ETs podem se parecer como objetos naturais no universo

 

 

Na opinião do físico britânico Stephen Wolfram, “a existência de vida inteligente fora da Terra é inevitável e embora ela seja inevitável, nunca a encontraremos – pelo menos olhando em nossa galáxia, a Via Láctea“.

Como evidência, Wolfram aponta que para comprimir mais e mais informações em nossos sinais de comunicações – seja para as conversas nos telefones celulares, seja para transferência de dados de nossos computadores – nós removemos todas as redundâncias destes sinais. Se qualquer coisa dentro destes sinais é repetida, então claramente isto pode ser feito. Porém, este processo de remoção de padrões redundantes faz com que o sinal pareça mais e mais aleatório; na verdade, muito similar a um padrão aleatório de ruídos de rádio, os quais chegam à Terra vindos das estrelas e das nebulosas no espaço.

De acordo com Wolfram, se alguém apontasse nossos próprios sinais de comunicação para nós do espaço, teríamos dificuldades em determinar se eles eram ou não artificiais ou naturais. Assim, que chance temos nós em distinguir entre a comunicação de ETs e a estática de rádio natural vinda do cosmos?

Sinais de rádio coordenados por computadores, oriundos de alienígenas, pareceriam muito mais como ruídos naturais. É fácil distinguir artefatos tecnológicos, tais como um carro, de um objeto natural como uma árvore. A árvore é muito mais complexa. Mas, diz Wolfram, “isto acontece simplesmente porque nossos artefatos tecnológicos são primitivos. À medida que eles ficam mais complexo – com os processadores de computadores permitindo que sejam feitas decisões de momento a momento – eles começarão a parecer tão complexos quanto as árvores, pessoas e estrelas“. Ele sugere que somente temos uma chance muito pequena de distinguir entre um artefato de ET e um objeto celestial natural.

Se Wolfram estiver certo e os ETs estão lá fora mas não conseguimos os reconhecer (suas comunicações ou seus artefatos), então é claro que eles podem estar presentes em nosso sistema solar e não os notaríamos.

Worfram acha que os ETs não querem viajar para a Terra. Em seu ponto de vista, tudo no universo é produto de um programa de computador. Na verdade, ele imagina um cyber-universo abstrato de todos os programas de computador concebíveis, desde os mais simples até os mais complexos. Este ‘universo computacional’ contem tudo, deste de um sistema operacional Apple Macintosh, até um programa para criar uma espaçonave mais rápida do que a luz.

O físico acredita ter encontrado o maior segredo da natureza e de como ela gera a complexidade do mundo; tudo desde um arbusto, à uma árvore, à uma galáxia dupla aspiral, aplicando-se regras simples repetidamente, como simples programas de computador. Wolfram chegou à esta impressionante conclusão no início da década de 1980, quando descobriu que o tipo mais simples de programa de computador, conhecido como um ‘automaton celular’, pode gerar uma complexidade infinita se o seu resultado for repetidamente alimentado novamente (input). Wolfram descobriu evidências de que o tipo de programa de computador que produz uma complexidade infinita pode ser implementado “não só para moléculas de sistemas biológicos, mas também em todos os tipos de sistemas físicos – núvens caóticas de gases, sistemas de partículas subatômicas e assim por diante“. Ele concluiu que “por todo o universo a vida (embora não como a conhecemos) irá despontar espontaneamente. Isto é uma característica fundamental da matéria“.

A existência deste universo computacional é uma coisa crucial. Mas a realidade é que seria mais fácil e mais eficiente para uma civilização alienígena ficar em casa e usar um computador para fazer uma pesquisa computacional do universo à procura de programas úteis, ao invés de tentar obter as mesmas informações por intermédio da procura de ETs para conversar entre as 2oo bilhões de estrelas na Via Láctea. “É um simples jogo de números“, diz Wolfram.

Tudo é gerado por um programa de computador, “e isso inclui você e eu“, diz Wolfram. “Alguém no outro lado da galáxia poderia ter encontrado o seu programa de computador e começar a conversar com você a qualquer momento“.

Contudo, Wolfram não nos disse onde está este mega computador e tampouco quem o opera.

n3m3

Fonte da notícia: www.dailygalaxy.com

Colaboração: Isaías Balthazar

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