Uma das perguntas mais difíceis de responder que vocês, meus seis leitores (opa, minha audiência aumentou 100%) devem se fazer é: o quão grande é o Universo? Será que é infinito ou apenas grande demais a ponto de não vermos seu fim?
A resposta pode ser…ambos. Ao menos é o que diz (na verdade, teoriza) o físico Brian Greene, da Universidade de Columbia (a página dele tá aquii, ó). No entanto, para ele, se o Universo não tiver um limite, há tantas maneiras nas quais a matéria pode se organizar que, no fim das contas, terá de repetir padrões. Portanto, isso abre a possibilidade de existirem múltiplos Universos, ou um “Multiverso”. Sim, parece confuso. Ele faz uma comparação:
“Pense no Universo como um baralho. Ao embaralhar, existem milhares de combinações”, disse ao site da NPR. “Se você embaralhar o bastante, elas vão se repetir, necessariamente. Do mesmo modo, em um universo infinito, a organização da matéria uma hora tem de se repetir”.
Greene teoriza sobre a existência de múltiplos universos em seu mais recente livro, “The Hidden Reality: Parallel Universes and the Deep Laws of the Cosmos” (A Realidade Oculta: Universos Paralelos e as Profundas Leis do Cosmos).
Recentes descobertas na física e na astronomia, diz, apontam para a idéia de que nosso universo pode ser apenas um dos muitos que existem em um “multiverso” muito maior.
“Você quase não pode evitar ter alguma versão do multiverso em seus estudos quando se aprofunda na descrição matemática do Universo físico”, diz.
Teoria das Cordas
Greene acha que a chave para a compreensão destes Multiverso vem da Teoria das Cordas, a área da física que ele tem estudado nos últimos 25 anos.
Em resumo, essa teoria tenta conciliar um conflito matemático entre duas idéias já aceitas na física: a Mecânica Quântica e a Teoria da Relatividade.
“A Teoria da Relatividade de Einstein é ótima para explicar grandes coisas”, disse Greene. “A Mecânica Quântica é fantástica para as pequenas. O grande problema é que quando eles se confrontam, são antagonistas ferozes, e a matemática vai pro espaço”.
A Teoria das Cordas suaviza as inconsistências matemáticas que existem atualmente entre a Quântica e a Relatividade. Ela postula que o Universo inteiro pode ser explicado em termos de coisas muito, muito pequenas que vibram em 10 ou 11 dimensões – ou seja, dimensões que não podemos ver. Se for assim, ela poderia explicar literalmente tudo – das partículas subatômicas às leis da velocidade e gravidade.
E o que isso tem a ver com a possibilidade de um Multiverso?
“Há um par de multiversos que saem do nosso estudo da Teoria das Cordas”, disse. “As cordas que estamos falando não são as únicas entidades que esta teoria permite. Ele também suporta a existência de coisas que se parecem com grandes tapetes voadores, ou membranas, que são superfícies bidimensionais. Isso significa que podemos estar vivendo em uma dessas superfícies gigantescas, e pode haver outras flutuando por aí no espaço.”
Essa teoria, diz ele, poder ser testada no Grande Colisor de Hádrons (LHC) do CERN, a Organização Européia para Pesquisa Nuclear.
“Se nós estamos vivendo em uma dessas membranas gigantes, então, o seguinte pode acontecer: Quando você esmaga partículas entre si, alguns restos das colisões podem ser ejetados para fora da nossa membrana, em direção ao cosmos em que nossa membrana flutua “, diz ele. “Se isso acontecer, os destroços vão levar consigo alguma energia. Portanto, podemos medir a quantidade de energia um pouco antes da colisão de prótons e comparar com logo após”, explica. “Se houver um pouco menos, isso indicaria que alguma escapou, indicando que a ideia da membrana é correta”.
fonte: http://idgnow.uol.com.br/blog/inova/2011/01/31/universos-multiplos-tapetes-voadores-e-anti-blogueiros-engracadinhos/
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