sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Caso de Fátima sob a visão da Ufologia



Estudiosos afirmam que o fenômeno ocorrido em Portugal no início deste século tem natureza extraterrestre - e a Igreja sabe disso

Carlos Alberto Millan

O vilarejo de Fátima, em Portugal, foi palco de acontecimentos cósmicos que abalariam o mundo no princípio deste século, mantendo uma longa polêmica que dura até os dias de hoje e tornando o lugar sagrado por católicos de todas as partes do globo. No dia 13 de outubro de 1917, cerca de 70 mil pessoas presenciaram um fenômeno que foi considerado como uma manifestação do poder de Deus. Naquele dia estava a chover e, de repente, o Sol surgiu no céu. O que pareceu ser um disco achatado, com um contorno nitidamente definido e um brilho mutante, apareceu entre as nuvens e em seguida começou a fazer manobras com crescente velocidade.

Este estranho fenômeno teve uma preparação nos anos anteriores, sob a forma de esparsos sinais no céu. Em todos os casos, três crianças foram o epicentro dos fatos que acabaram por ter um belo contato com uma entidade cósmica, imediatamente aclamada pela igreja como a Virgem Maria - crença mantida e incentivada até hoje entre seus fiéis. Lúcia de Jesus e os irmãos Francisco e Jacinta Marto, respectivamente com 10, 9 e 7 anos à época, foram os protagonistas dos contatos com algo inusitado, num total de seis encontros, sempre no mesmo dia e hora ao longo de seis meses.
Segundo historiadores católicos, a personagem celeste teria feito aos jovens revelações a respeito de nosso mundo. Eram mensagens destinadas a toda a Humanidade, mas desde o princípio dos fatos a Igreja Católica apoderou-se e monopolizou as informações, julgando o que deveria ou não ser divulgado. Foi também a responsável pela santificação do evento e geração da difundida imagem religiosa, transformando esse episódio numa manifestação divina a serviço de sua própria crença. Historiadores até hoje reclamam do procedimento do Vaticano, que não tinha o direito de reter as verdadeiras informações sobre o caso para sempre.
Alegam que seres ascensos não pertencem a religião alguma e que não trabalham em função de crenças ou dogmas. Dizem que sua manifestação deveria ser mantida isenta, assim como suas mensagens inalteradas. Tanto é verdade que os contatos com entidades semelhantes - noutros casos também chamadas de Virgem Maria - continuaram por todas as partes do mundo, repetindo o que já fora dito aos meninos portugueses. Em particular, intensificaram-se nas últimas décadas as ocorrências marianas de Medjugorje, na destruída Iugoslávia. Segundo alguns contatados, como o estigmatizado italiano Giorgio Bongiovanni, o teor da terceira e derradeira mensagem de Fátima era de alerta quanto ao futuro da Humanidade e de incentivo à procura de uma trilha espiritual para o ser humano.
Hoje sabemos que a aparição portuguesa foi um contato de quinto grau com uma entidade extraterrestre, envolvendo manifestações paranormais e psíquicas, além de efeitos físicos típicos de ocorrências ufológicas.
Para aprofundarmos a questão, basta examinar evidências existentes dentro da própria literatura católica, publicadas no livro Fátima, de Icilio Felici, em 1943. Eis o que podemos extrair da versão dogmática do facto, quando de seu prenúncio, ainda em 1915: "Tendo-se posto a rezar o terço, depois da merenda habitual, [As crianças] viram de improviso, suspensa no ar, sobre o arvoredo do vale que se estendia aos pés, uma estranha figura branca, e continuaram a rezar maquinalmente, com olhos fitos no branco fantasma luzente, espiando-lhe os movimentos até que, acabada a oração, não a viram mais." Em 1916 veio a primeira aproximação de facto, também descrita por Felici: "Desta vez [O objeto] não estava parado e movia-se como que impelido pelo vento, em direção a eles, e à proporção que se avizinhava distinguiam-se-lhe cada vez mais feições que eram as de um jovem dos seus quinze anos, de sobre-humana beleza. O ser disse: 'Não tenhais medo! Eu sou o Anjo da Paz'." Extraordinária beleza, aparência humana e aspecto luminoso - esta é uma descrição típica da casuística de contatos elevados, onde com freqüência surgem seres que se apresentam em paz. Note-se que tais visitantes somente agora, em nossos dias, começaram a se identificar dessa forma, devido a termos hoje maiores condições para compreendê-los. O termo 'anjo' tem sido largamente usado e tornou-se de fácil compreensão para aludir uma categoria de vida em estágio superior ao nosso.
Passada a fase preparatória, em 1917 iniciaram-se os contatos principais. O local escolhido, distante uns três km de Fátima, foi a Cova de Iria, um pequeno vale de 500 m de diâmetro. Era 13 de maio e as crianças pastoreavam seu rebanho quando tudo começou. "De repente se sentiram ofuscadas por um relâmpago que parecia ter sulcado, fulmíneo, o horizonte. Não havia nuvem sequer sobre uma azinheira [Tipo de árvore] de pouco mais de um metro, onde apareceu uma jovem senhora de sublime beleza, mais resplandecente que o Sol, e disse: 'Eu sou do céu'." A Ufologia está repleta de seres fulgurantes e belos, descritos nas mais diversas fases de nossa História como vindos do céu. Alguns chegaram a passar algum tipo de mensagem à Humanidade, como é o caso de Fátima. Nesta ocasião, tal mensagem girou em torno dos erros dos seres humanos.
A estranha figura marcou novos encontros com as crianças, para os próximos meses. Ao partir, demonstrou suas habilidades não terrestres, ainda na narrativa de Felici: "Das suas mãos abertas se irradiou uma luz misteriosa (...) e começou a elevar-se serenamente, sem mover os pés, até desaparecer na luz ofuscante do Sol." Como sabemos, os extraterrestres manipulam altíssimos níveis de energia e o controle da luz é sua marca registrada, fazendo dela o que bem querem. Muitas vezes, tripulantes de Óvnis - ufonautas - são vistos portando um pequeno globo luminoso nas mãos, como foi descrito pelas crianças de Fátima, logo imaginado como o 'sagrado coração de Maria.' Aparentemente, tais globos de luz têm alguma relação com o transporte ou locomoção dos seres em nosso ambiente, quando estão fora de suas naves.
Após essa aparição instalou-se uma grande polêmica entre crentes e céticos sobre a Virgem Maria. Lúcia passou a sofrer muitas pressões da família e do clero local, que duvidavam do facto. Assim, chateada, resolveu não mais ir aos encontros. Entretanto, apesar de ter decidido permanecer em sua casa, um dia sentiu-se impelida por uma força irresistível a mover-se e caminhar em direção ao local dos fatos. Isso é de certa forma comum aos contatados por Óvnis, que têm revelado inúmeras vezes receberem uma espécie de chamado telepático. Em alguns casos este chamado chega a indicar este ou aquele caminho a seguir para que haja o encontro com seus abdutores. Tendo chegado ao local, a jovem manteve novamente o contato, apesar de que outras pessoas presentes nada viram da suposta Virgem. Todos, porém, tinham podido observar uma nuvenzinha branca que pousou sobre a azinheira, acompanhada de um acentuado abaixamento da luz solar.
Na interpretação dos ufólogos que pesquisam este tipo de ocorrência, surgiu neste momento algum engenho extraterrestre sobre Fátima, na forma do que foi considerado uma nuvem. Esta pousou e interferia na luz solar, caracterizando a presença e atuação de um campo eletromagnético que reduz o espectro luminoso. Durante estes fatos, e principalmente depois deles, as crianças sofreram diversas perseguições e maus- tratos de autoridades portuguesas e religiosas, sendo forçadas a desmentir o ocorrido. Chegaram a ficar presas numa das datas preestabelecidas para um novo contato. Nesse dia, diz a narrativa de Felici, "...ouviu-se o ribombo de um trovão, (...) e perto da azinheira surgiu uma cândida nuvem luminosa. Alguns instantes depois a nuvem desapareceu."
Apesar da clausura e perseguição, Lúcia esclareceu alguns detalhes do objeto que viram: "O relâmpago de que tanto se falava, não era nada além do clarão de uma luz que se aproximava pouco a pouco." Sabemos de outras fontes que o objeto fora visto aproximando-se de longe, pousando, aguardando uns instantes e voltando pelo mesmo trajeto, não havendo nenhuma súbita aparição ou desaparição. Temos também sinais sonoros assim descritos "como que o estouro de um foguete."
Há uma outra narrativa interessante dos fatos verificados em Fátima: "E eis que o Sol começou a escurecer e um globo luminoso apareceu, movendo-se do oriente para ocidente e prosseguindo com majestosa lentidão através do espaço. O céu está límpido, sem mancha de nuvens e somente aquele globo soberano o sulcava!" Nesse relato, datado à época dos fatos, já há a clara citação de um globo luminoso do tipo sonda - daquelas que hoje cansamos de filmar - e não mais de uma nuvem. E prossegue a narrativa: "Durante o colóquio, a atmosfera se tingia de um colorido amarelado e uma auréola branca envolvia os videntes." Essa espécie de névoa é comum ao redor de Óvnis observados em todo o mundo e é considerada como uma espécie de camuflagem proposital, ou ainda como uma reação involuntária e inerente à interação do objeto com a atmosfera terrestre. Tentativamente, pode-se assim explicar porque outras pessoas não viam a Virgem, apesar de não descartarmos a hipótese de um processo paranormal simultâneo à presença física ou semi-física do objeto.
"Muitos tornaram a ver o globo luminoso subir todo belo na direção do Sol, por entre uma chuva, por todos gozada, de pétalas brancas, tênues como florezinhas de neve, que chegadas a pouco do solo, desapareciam." Mais uma vez estamos diante de um fenômeno comum à casuística ufológica. Ora, esse tipo de vestígio que cai ao solo durante ou após a passagem de um OVNI é chamado popularmente de 'cabelo de anjo' e consiste de filamentos muito delicados que desaparecem ou se sublimam rapidamente, antes que se possa recolhê-los. Teoricamente, seriam restos de algum combustível usado no sistema de propulsão da nave, ou ainda a condensação de algum elemento da própria atmosfera, quando em contato com o OVNI. Parecem muito com teias de aranha ou fiapos de algodão doce. Em fotos da época pode-se vê-los perfeitamente sobre as árvores, nada tendo de pétalas de flores.
De todos os encontros ocorridos em Fátima, o último é sem dúvida o mais prodigioso e ficou conhecido como o Milagre do Sol. Aparentemente fazia-se necessário uma demonstração mais clara da veracidade dos contatos e das advertências que estavam sendo passadas à Humanidade. E assim foi feito para mais de 70 mil espectadores, de fiéis católicos a incrédulos homens de Ciência que se faziam presentes. Era 13 de outubro e chovia torrencialmente na Cova de Iria. Como das outras vezes, a tal jovem senhora apareceu e continuou suas revelações, finalizando o ciclo de mensagens. Lúcia pediu que todos olhassem para o céu, quando viram a chuva cessar de repente. "As nuvens se rasgaram e o disco solar apareceu como uma lua de prata a girar vertiginosamente sobre si mesmo, semelhante a uma roda de fogo e projetando em todas as direções feixes de luz amarela, verde, vermelha, azul e roxa, que pintavam as nuvens do céu, as árvores e a multidão imensa." E ainda repetiu-se tudo isso mais duas vezes, em seguida.
Num dado momento do belíssimo espetáculo, conta a História, todos tiveram a sensação de que o Sol se desprendia do firmamento e caía sobre os presentes. "Todos reconheceram que era um sinal dos céus e apalparam as roupas que ainda há pouco estavam encharcadas, verificando que agora estavam completamente enxutas," narra ainda o historiador Felici. Quanto a estes detalhes da ocorrência temos que considerar vários pontos. É evidente, em primeiro lugar, que o Sol verdadeiro não poderia ter se movido, senão teríamos sido arrancados da órbita terrestre ou queimados por sua brusca aproximação. Igualmente, qualquer anomalia solar teria sido registrada pelos observatórios astronômicos, mesmo àquela época.
Portanto o 'milagre' foi na verdade um fenômeno local restrito à pequena Fátima. A expressão "disco solar como uma lua de prata" dispensa interpretação. Localizou-se testemunhas em cidades vizinhas que viram um estranho objeto fazendo movimentos oscilatórios irregulares, descendo e subindo. A súbita secagem das roupas demonstra uma forte irradiação térmica ou de microondas, numa descarga controlada em todo o ambiente circundante. E assim se explica o chamado Milagre de Fátima: nada mais, nada menos do que uma manifestação ufológica. Mas, mais que isso, foi um chamado à verdade, aos ensinamentos puros que desde sempre têm sido oferecidos por seres superiores que já passaram por este planeta. Não pediram a elaboração de rituais, santificação ou dogmas, mas ensinaram a simplicidade e pediram discernimento em nossos atos. Isso nos impele a repensar nos excessos cometidos pelas religiões.

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