Antônio Nelso Tasca tinha 49 anos quando, segundo ele, foi abduzido por extraterrestres em Chapecó, no Oeste catarinense. O caso marca a história da região desde 1983, quando tudo teria acontecido.
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De acordo com o ufólogo Frederico Morsch, a história segue sendo um marco com destaque nacional e internacional para a ufologia, que estuda objetos voadores não identificados (Ovnis).
— O Caso Tasca é um símbolo para a região. Na época, ufólogos brasileiros conseguiram provas físicas sobre o ocorrido, algo muito difícil na ufologia. O caso foi muito importante para a ufologia, tanto que existe até um livro sobre, que foi lançado pelo editor Ademar Gevaerd, um dos maiores ufólogos brasileiros e do mundo — disse o profissional em conversa com o NSC Total.
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Segundo Leonardo Dlugokensk, coordenador dos museus de Chapecó, o Caso Tasca (como foi nomeada a história de Antônio) é muito importante para a história da região, que é marcada por diversos acontecimentos que intrigam a ufologia.
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A abdução
Antônio Nelso Tasca contou em detalhes como a abdução aconteceu em diversas entrevistas realizadas entre os anos de 1983 até 2006. Ele faleceu em 2008, mas a história sobrevive pelos registros ufológicos e pela memória dos familiares.
Segundo o homem, que era corretor de imóveis na época, era 14 de dezembro de 1983 e ele dirigia pela BR-282, próximo à fábrica da Coca-cola, “a mais ou menos seis quilômetros” de Chapecó. De acordo com o relato, o homem teria entrado em uma estrada secundária por causa de “uma força estranha”.
No local, Tasca encontrou um objeto que parecia um ônibus. Ainda no carro, o homem se aproximou para ver mais detalhes e percebeu que o “automóvel”, de cor cinza-fosco, flutuava e não apresentava rodas.
Naquele momento, ele saiu do próprio carro e seguiu em direção ao “ônibus misterioso”. Ao se aproximar, Tasca relata ter sentido ondas de calor emitidas pelo aparelho, o que fez com que o homem decidisse voltar para o próprio automóvel.
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Tasca afirmava que, ao tentar retornar para o veículo, uma luz de um metro de largura o “pegou” pelos pés e o conduziu até a nave. Lá, o homem conta que teve contato com pelo menos três “seres não humanos”, que vinham do Mundo de Agali, do fundo dos oceanos.
Quando acordou, o corretor de imóveis estava a cerca de cinco quilômetros de onde teria sido sequestrado e treze quilômetros de onde morava. O que chamou a atenção de médicos, especialistas e estudiosos é que Tasca apresentava um ferimento nas costas que parecia ter sido feito com ferro em brasa. A marca lembrava a letra W.
Até hoje, segundo Ivo Hugo Dohl, antigo ufólogo e amigo de Tasca, nenhum médico conseguiu descobrir o que causou o ferimento no homem.
— Várias análises foram feitas da marca nas costas dele. Ele nunca sentiu dor alguma no local, que cicatrizou em poucos dias. Parecia uma queimadura feita por ferro. Os pelos nunca queimaram e a marca ficou até o final da vida dele — informou Ivo, em conversa com o NSC Total.
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Veja imagens do caso
Além disso, diversas análises magnéticas foram realizadas no veículo utilizado por Tasca no momento da abdução. De acordo com o ufólogo Frederico Morsch, os dados do contador Geiger, equipamento que mede a radiação ionizante, apontaram para uma grande quantidade de magnetismo no carro.
Interação e mensagem para a humanidade
Anos depois, em 1999, Antônio Nelso Tasca escreveu e publicou um livro narrando o ocorrido, que virou um marco para a ufologia nacional. A obra, chamada de “Um Homem Marcado por ETs”, conta em detalhes tudo que Tasca vivenciou na presença dos extraterrestres, incluindo um suposto exame e uma relação sexual com Cabalá, uma das extraterrestres, que também transmitiu à Tasca uma extensa mensagem para a humanidade.
Segundo Ivo Hugo Dohl, a mensagem continha informações e avisos para a sociedade acerca do uso de bombas atômicas, mutações genéticas e o avanço do imperialismo. A mensagem completa está disponível no livro.
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Na obra, Tasca descreve os seres não humanos, a nave e as interações que tiveram. A longa mensagem que Cabalá transmitiu para o homem era recitada por ele todas as vezes que Tasca precisava falar sobre o caso.
— É uma mensagem enorme que ficou na cabeça dele. Ele sempre falava essa mensagem de cor, como se tivesse sido grudada na cabeça dele — disse o ufólogo Frederico Morsch.
Ainda no livro, Nelso relata a vida após o momento de abdução. Em entrevistas antigas disponíveis nas redes sociais, o homem aparece visivelmente abalado ao falar sobre o encontro e a relação sexual com Cabalá, que segundo ela, resultaria em dois filhos cósmicos: Mada e Madana.
Veja a entrevista antiga
Destaque nacional e internacional
O Caso Tasca, como foi chamado, ficou conhecido mundialmente e marca a ufologia nacional até hoje. Para Ivo Hugo Dohl, o ocorrido foi uma das abduções mais memoráveis do país.
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— Na época, pesquisadores de ufologia de todo o Brasil vieram analisar o fato e constataram que ele havia sido abduzido. Ele foi levado no final da tarde de um dia e deixaram ele as margens da BR-282 na manhã do dia seguinte — afirma o antigo pesquisador.
Na época, diversos estudiosos e profissionais da área analisaram e tomaram conhecimento do caso. Antônio Nelso Tasca concedeu diversas entrevistas sobre o ocorrido até 2006, quando Ivo Hugo Dohl o entrevistou pela última vez.
Tasca morreu em 2007 após um acidente de trânsito que o deixou em coma por seis meses. Mesmo após mais de 40 anos, o caso continua na memória e na trajetória da família do homem, que relembra com nostalgia diversos momentos da vida de Tasca.
— Para mim, ficam a lembrança e a saudade de um avô carinhoso, atencioso, respeitoso, alguém
que
lutou na vida, trabalhou, tentou, falhou, conseguiu, criou seus filhos e
partiu — conta Bruno Tasca de Linhares, de 41 anos, neto de Tasca.
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Segundo Bruno, formado em Engenharia Civil, o avô sempre foi uma pessoa carinhosa com muito interesse pelo conhecimento.
— Desde a infância, eu o via frequentemente rodeado de livros, revistas, lendo ou escrevendo à máquina. Ele gostava de conversar sobre todos os assuntos, mas nunca impunha a sua visão a ninguém. Tinha a sua visão particular de mundo, da qual não abria mão, mas aceitava as demais opiniões — relembrou o engenheiro em conversa com o NSC Total.
Segundo Bruno, a abdução do avô foi muito comentada na região e em veículos de comunicação na época. Na família, o assunto surgia raramente, sem pressão ou julgamentos.
— O Vô não debatia e nem ficava examinando os detalhes do seu caso ufológico com os netos ou com seus filhos. Aquilo era particular e íntimo dele. Todos os integrantes da família criam e creem no relato dele e têm suas convicções sobre o assunto. Todos se sentem relacionados quando o tema Ufologia é abordado, onde quer que seja. Alguns mais intensamente que outros — relatou Bruno.
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— Tenho convicção que meu avô viveu uma experiência extraordinária, que seu relato é extremamente consistente e que é de grande importância para a ufologia brasileira. Acredito no relato dele, embora não o possa provar a ninguém — informou o engenheiro.
Bruno ainda afirma que o ocorrido entrou para a trajetória da família. A história do avô continua sendo contata para as gerações que se interessam, por meio de livros e revistas. Na memória, o que fica para a família é o retrato de um homem apaixonado pelo conhecimento.
— A vida seguiu, teve de seguir. Está além do nosso alcance responder o que significou tudo aquilo. A história está nas revistas, no registro impresso, nos livros, nas entrevistas em vídeo, nas nossas memórias. Permanecerá para sempre e em mistério. O Vô tentou decifrar o que lhe tinha acontecido o resto de sua vida. Tentou entender a mensagem que o ser lhe deixou. Faleceu sem entender. Assim, a história dele permanece — diz o neto.
Fonte: https://www.nsctotal.com.br/noticias/misterio-de-abducao-em-sc-deixou-marca-nas-costas-e-mensagem-para-a-humanidade
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