sábado, 18 de março de 2023

A Biblioteca de Metal da Cueva de Los Tayos • Alienigenas do Passado

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Na região amazônica chamada Morona Santiago há uma caverna muito profunda conhecida por Cueva de los Tayos. A caverna tem esse nome por ser moradia dos pássaros Tayos que vivem em suas profundezas.

As informações mais antigas da caverna remontam ao ano de 1860 quando o general e explorador Victor Proano enviou uma breve descrição da caverna ao então presidente do Equador, Garcia Moreno.

Mas a caverna só foi popularizada em 1973, por Erich von Daniken, em seu livro “O Ouro dos Deuses”, no qual ele escreveu sobre o pesquisador Juan Moricz que alegou ter explorado a “Cueva de los Tayos” em 1969 e descoberto um verdadeiro tesouro, objetos de ouro, prata e bronze, discos, placas e alguns capacetes, esculturas incomuns e uma incrível biblioteca metálica feita de folhas de ouro maciço com escritas hieroglíficas que ele acredita terem sido criados por uma civilização perdida com a ajuda de seres extraterrestres.

A Descoberta da Caverna

Placa com inscrições descoberta na caverna durante a expedição de Hall.

Segundo consta, Juan Moricz foi levado à entrada da caverna pelos índios Shuar, graças à amizade que mantinha com eles. Moricz acreditava que uma civilização perdida havia vivido no interior das cavernas, cuja rede de túneis subterrâneos, com diversas entradas ocultas, se espalhavam sob a América Latina inteira ligando todo o continente.

Essa crença existe na maioria das culturas indígenas do continente americano. Os índios do Equador, como os Shuaras e os Coangos, acreditam que os tuneis foram usados num passado distante por seus antepassados, permitindo assim, o contato entre os povos de terras distantes, contudo ao deixarem as cavernas para viverem sobre a terra, o conhecimento das entradas ocultas foram se perdendo.

Conforme o relato de Juan Moricz, ao adentrar determinado local da caverna, ele se deparou com diversos blocos de pedras incrustados com pedras preciosas e lâminas de ouro de tamanhos que variam de 1 a 1,5 m de comprimento e 25 a 50 cm de largura, com alguns milímetros de espessura. Nessas peças estavam gravados símbolos incomuns, que supostamente teriam sido deixados por um povo antigo e incrivelmente avançado para a época.

Juan Moricz registrou no cartório da cidade de Cuenca uma escritura na presença de várias testemunhas que confirmaram a sua incrível descoberta. A escritura afirma: “Na região oriental, província de Morona-Santiago, dentro dos limites da República do Equador, descobri preciosos objetos de grande valor cultural e histórico para a humanidade. Ela contêm, provavelmente, o resumo da história de uma civilização desaparecida da qual, até essa data, não tínhamos o menor indício. Os objetos consistem principalmente de lâminas metálicas gravadas com signos e escrituras ideográficas, verdadeira biblioteca metálica que contém a relação cronológica da história da humanidade. Tais objetos se encontram espalhados dentro das diversas cavernas e são de natureza variada”.

Em 1972, Moricz levou Erich von Daniken para conhecer uma entrada secreta e que dava acesso a um grande labirinto e este escreveu: “Todas as passagens formam ângulos retos perfeitos. Às vezes eles são estreitos, às vezes largos. As paredes são lisas e muitas vezes parecem ser polidas. Os tetos são planos e às vezes parecem cobertos por uma espécie de esmalte. Minhas dúvidas sobre a existência dos túneis subterrâneos desapareceram como por magia e me senti extremamente feliz. Moricz disse que passagens como aquelas pelas quais íamos estendiam-se por centenas de quilômetros sob o solo do Equador e do Peru”.

A Expedição

Neil Armstrong e outros membros da expedição de Hall.

Como resultado das afirmações publicadas no livro de Daniken, uma investigação da Cueva de los Tayos foi organizada por Stan Hall em 1976.

Foi uma das maiores e mais caras explorações de cavernas já realizada. A expedição reuniu mais de cem pessoas, incluindo especialistas em uma variedade de campos, militares britânicos e equatorianos, uma equipe de filmagem e o astronauta Neil Armstrong.

Neil Armstrong entrou na caverna e chegou até 70 metros de profundidade, junto com os outros exploradores atraídos pela ideia de que ela poderia ter sido a morada de uma civilização antiga e desconhecida, ou talvez até a presença de seres extraterrestres. Na época, Armstrong relatou que a sua estada no interior da caverna foi mais significante que a sua própria ida à Lua.

A equipe também incluiu oito espeleólogos britânicos experientes que exploraram a caverna e conduziram um levantamento preciso para produzir um mapa detalhado da caverna e alguns itens de interesse zoológico, botânico e arqueológico foram encontrados.

“Gosto de dizer que, no fundo, todos os seres humanos têm essas duas dimensões: a visão mística e científica. E sobre La Cueva de los Tayos é colocar o debate nos dois planos. É muito impressionante, como original, sentir uma força primitiva. E para quem não é especialista, vemos galerias nas quais é difícil imaginar como isso poderia ser criado”, disse o cineasta Miguel Garzón que fez parte da expedição e entrou na caverna com sua equipe de filmagem para criar o documentário “Tayos”, que lança luz sobre os mistérios que abrigam essas cavernas no sudeste do Equador.

No fundo da caverna dos Tayos eles encontraram um poço cujo caminho leva a uma caverna inundada, e entrar nele implica submergir cerca de cinco metros sob a água quando não estiver em tempo chuvoso, o que requer conhecimento de mergulho e acima de tudo coragem.

“O Poço” encontrado no fundo da caverna dos Tayos.

“Uma das pessoas que veio conosco, Oscar Leonel Arce, voltou mais tarde e passou por esse ponto e percorreu mais dois quilômetros. Ainda há muito a se explorar”, diz Garzón em seu documentário.

Durante a expedição, Stan Hall tornou-se amigo do equatoriano Patronio Jaramillo que afirmou ter entrado na biblioteca em 1946, quando tinha 17 anos de idade, levado por um tio que era amigo do povo Shuar. Ele alegou que nas profundezas da caverna teve que mergulhar na água, nadar por um túnel subaquático e então subir.

Jaramilo contou que viu uma biblioteca composta de milhares de grandes livros de metal empilhados em prateleiras, cada um com um peso médio de cerca de 20 quilos, cada página continha um lado com ideogramas, desenhos geométricos e inscrições em uma linguagem desconhecia.

Ainda mais interessante em seu relato é que ele disse haver uma segunda biblioteca, com livros pequenos, mas pesados e translúcidos como cristal, dispostos em prateleiras inclinadas cobertas de folhas de ouro. Haviam também estátuas zoomórficas e humanas, barras de metal de diferentes formas, portas lacradas cobertas de misturas de pedras coloridas e semipreciosas, e um sarcófago, esculpido em material duro, contendo um esqueleto dourado de um ser humano bem grande, entretanto, Jaramillo nunca produziu evidências físicas de suas alegações.

Jaramillo e Hall juntaram-se para finalmente chegar a Biblioteca de Metal e organizaram uma expedição, mas esta nunca chegou a acontecer pois Hall recebeu a notícia da morte de Petrônio Jaramillo e abandonou as expedições até o ano 2000, quando encontrou mapas aéreos que apontavam uma curva no rio juntando-se a uma falha, conhecida por se abrir em um sistema de cavernas que percorria vários quilômetros, sugerindo que um antigo terremoto poderia ter aberto a rede subterrânea, e que alguém em algum momento do passado descobriu e usou o local para instalar a biblioteca metálica.

Stan Hall chegou a ir até esse local e percebeu que ele se encaixava perfeitamente na descrição de Jaramillo, no entanto, ele não era um “caçador de tesouros” e acreditava que esta história não era para ele, e não quis seguir adiante. Sendo assim, em 17 de janeiro de 2005, Hall informou ao governo equatoriano a localização da caverna com esperanças de que ela fosse foco para alguma expedição futura.

Os Artefatos do Padre Crespi

Uma das peças da coleção do Padre Crespi.

O missionário italiano Padre Carlo Crespi viveu por mais de 60 anos entre os indígenas da amazônia equatoriana e, além do trabalho religioso, dedicou-se à educação, ao cinema, à antropologia e à arqueologia, e é considerado um dos primeiros pesquisadores da Cueva de los Tayos.

Segundo o próprio Padre Crespi, ele teria sido levado pelo povo Shuar até as misteriosas passagens que conduziam por quilômetros e mais quilômetros de câmaras e túneis que interligavam todo o continente americano, conforme a lenda indígena, e mantinha consigo muitos artefatos encontrados no interior da caverna que lhe foram dados de presente pelos índios. Muitos desses artefatos, alguns feitos de ouro ou outros metais preciosos, apresentam entalhes e símbolos elaboradamente esculpidos que não estão associados ao povo Shuar. Um dos presentes foi uma placa de metal com 36 símbolos que ninguém conseguiu traduzir até hoje.

Segundo ele, a caverna “não possuía fundo” e os artefatos passados a ele pelos índios vieram de uma grande pirâmide escondida em uma das câmaras da caverna. Por receio de futuros saques e depredações ao local da pirâmide, o Padre Crespi teria pedido aos índios que mantivessem o local a salvo, ocultando sua localização para que nunca fosse descoberta.

Fonte: https://alienigenasdopassado.com.br/a-biblioteca-de-metal-da-cueva-de-los-tayos/?fbclid=IwAR0732HWBzW293TyzdK69wCyBB-VVJ_ZHCpokFWCnMkv3mEOtr69_v2KIC0

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