Fonte:
www.terra.com.br/istoegente/189/reportagens/capa_ufos.htm
Matéria divulgada na revista ISTOÉ GENTE de 17 de março de 2003 a partir da página 22
Oito personalidades relatam a experiência de avistar um disco voador, falam da emoção e do medo que sentiram
Fábio Farah
Em 25 de fevereiro, o Escritório de Investigação de Fenômenos Aéreos Anômalos do Peru revelou: a Força Aérea daquele país está analisando três vídeos amadores que registraram a aparição de um OVNI. Com cerca de 200 metros de comprimento, o objeto teria sido visto sobre a cidade de Chulucanas, na fronteira com o Equador, por mais de 160 pessoas entre outubro e novembro do ano passado. Se celebridades brasileiras estivessem entre as testemunhas de Chulucanas o que diriam? “Dentro daquilo havia uma coisa viva, consciente”, comentaria a escritora Rachel de Queiroz. “Eles sabiam que nós estávamos vendo”, diria o ator Carlos Vereza. O apresentador Amaury Jr., que contabiliza mais de 40 avistamentos, sonha com um contato de terceiro grau para poder usar seu instinto de repórter: “Faria rapidamente uma entrevista”, afirma. Sem perder tempo, o cantor Fábio Júnior contaria uma experiência pessoal: “Já fui perseguido por duas naves”. Enquanto isso, o desenhista Maurício de Sousa teria rabiscado páginas em branco na tentativa de reproduzir o que vira e, finalmente, suspiraria cético: “Vi, mas não acredito”. As celebridades acima não estavam em Chulucanas, mas afirmam ter visto discos voadores pelo menos uma vez na vida. E depois da primeira experiência passaram a olhar o
céu na esperança de que o espetáculo se repetisse novamente. Segundo o ufólogo Mário Rangel, autor do livro Seqüestros Alienígenas, Investigando Ufologia com e sem Hipnose, a tendência é que cada vez mais discos voadores apareçam às pessoas famosas. “Os extraterrestres querem preparar a humanidade para um contato formal e procuram
as pessoas que possuem maior acesso aos meios de comunicação”, garante.
Maurício de Sousa, desenhistaBola laranja achatada no céu Fábio Farah
“Vi com minha ex-mulher no parque do Ibirapuera (São Paulo), uma esquadrilha de dezenas de esferas metálicas. Mas não contamos a ninguém para não sermos tachados de loucos”, diz Maurício "O fenômeno mais espetacular que presenciei foi em dezembro de 1977, eram quase 21h. Eu viajava sozinho de Mogi das Cruzes para São Paulo e estava em baixa velocidade por causa do nevoeiro. De repente vi pelo
canto dos olhos, longe, à direita, uma luz em movimento
na linha do horizonte. Aquilo foi aumentando de tamanho. Estacionei ao lado de uma fábrica e saí do carro. Pensei
em pegar a máquina fotográfica mas não queria desviar os olhos daquela “estrelona”. Pensei: “Sou um desenhista. Depois eu desenho”. Ficou do tamanho da Lua cheia, achatado em cima e em baixo. Era alaranjado e parecia pesado, mas deslizava no ar sem fazer barulho algum. Atrás havia um rabicho de luz azul que não esbarrava no objeto. Ele devia estar cercado por algum campo de força. Tentei ver se tinha janelinhas, mas não tinha. Era como se eu olhasse para um poço de lava incandescente. Perguntei para um jovem que também olhava para o céu se ele tinha visto aquilo. Ele me respondeu que não poderia ser avião. Não tive visões. Mas como explicar aquela coisa linda e estranha? Se eu acreditasse em discos voadores seria um prato cheio. Mas até hoje ninguém conseguiu me convencer de que se tratava de uma nave espacial transportando seres evoluídos de outros mundos. Depois disso tive outras experiências estranhas. Vi com minha ex-mulher, Alice, no Parque do Ibirapuera (São Paulo), uma esquadrilha de dezenas de esferas metálicas. Mas não contamos a ninguém para não sermos tachados de loucos. Vou escrever um livrinho intitulado: “Eu não acredito em disco voador, mas me expliquem o que eu vi”. Nele vou juntar minhas visões e um físico, cunhado do meu filho, tentará explicar cientificamente essas coisas. Se eu fosse pelo lado da imaginação de desenhista de história em quadrinhos diria que podem ser de outro plano, outra dimensão. De repente são manifestações de viagens no tempo, do passado, ou do futuro, onde nós mesmos observamos e estudamos o planeta em diversos momentos. Para mim é a explicação mais aceitável desde que Einstein estabeleceu que o tempo não existe."
Rachel de Queiroz, escritoraShow no céu do Ceará
“Dentro daquilo havia uma coisa viva, consciente”, diz a escritora Fábio Farah "Em maio de 1960 eu passava as férias na minha fazenda Não me Deixes, distrito de Daniel de Queiroz, município de Quixadá, Ceará. Eram 18h30, o céu já estava todo escuro e estrelado, porque o crepúsculo era cedo e rápido. Mas a lua nasceria bem mais tarde. Eu e minha tia Arcelina conversávamos na sala de jantar quando um grito do meu marido nos chamou ao alpendre, onde ele estava com alguns homens da fazenda. Todos olhavam o céu. Em direção norte, quase noroeste, a umas duas braçadas acima da linha do horizonte, uma luz alaranjada brilhava como uma estrela grande, talvez um pouco menos claro do que a Vésper. Essa luz era cercada por uma espécie de halo luminoso e nevoento, como uma nuvem transparente iluminada, de forma circular. E aquela luz com seu halo se deslocava horizontalmente, em sentido leste, ora em incrível velocidade, ora mais devagar. Às vezes se detinha. Também o seu clarão variava, ora forte e alongado como essas estrelas de Natal das gravuras, ora quase sumia, ficando reduzido apenas à grande bola fosca, nevoenta. E essas variações de tamanho e intensidade luminosa se sucediam de acordo com os movimentos do objeto na sua caprichosa aproximação. Mas nunca deixou a horizontal. Desse modo ele andou pelo céu durante uns dez minutos ou mais, sempre na direção do nascente. Já estava a nordeste quando embicou para a frente, para o norte, e bruscamente sumiu. Esperamos um pouco para ver se voltava. Não voltou. Corremos, então, ao relógio: eram 18h45. Pelo menos umas vinte pessoas estavam conosco, no terreiro da fazenda, e todas viram o que nós vimos. Na época estava em moda falar sobre disco voador e nós acreditamos que aquilo fosse um. Não era uma estrela cadente, não era avião, de maneira alguma. Não seria nenhum meteoro, nenhuma coisa da natureza – com aquela deliberação no vôo, com aqueles caprichos de parada e corrida, com aquele jeito de ficar peneirando no céu, como uma ave. Não, dentro daquilo, animando aquilo, havia uma coisa viva, consciente. E não fazia ruído nenhum. No começo disco voador parecia algo sério mas o assunto foi banalizado e hoje a gente não sabe mais onde está a verdade."
Amaury Jr., apresentadorMais de 40 discos voadores avistados
“Tenho mais de 200 vídeos de ufologia", conta Amaury, que começou a se interessar pelo assunto na década de 50
Fábio Farah "Eu tenho um sítio em Vinhedo (76 km de São Paulo) que fica no morro, logo depois da Serra do Japi. Além da visão privilegiada, eu tenho um telescópio por computador que mapeia o céu. E por passar os fins de semana prospectando o espaço, já vi discos voadores mais de 40 vezes. A primeira vez foi em 1986, ano em que comprei o sítio. Minhas visões foram sempre à distância e se diferenciaram umas das outras. Mas todas foram fascinantes. Algumas naves eram esféricas, outras em formato de pratos. Em comum nos avistamentos havia uma aura em volta de todas as naves. Parecia uma energia sendo desprendida, mas poderia ser a própria energia que as sustentava e permitia que se deslocassem com muita rapidez e parassem instantaneamente. Não há nenhum objeto voador aqui
na Terra com esse comportamento. Eu falo para as pessoas mas elas riem de mim. Elas não vêem porque olham para baixo. Se olhassem para cima, teriam esse privilégio porque eles estão aqui. Até torço para que tenha um contato imediato de 3º grau. Tenho o maior fascínio por isso e chego até a sonhar que eu, como repórter, sou contatado pelos extraterrestres e tenho uma câmera por perto. Faria rapidamente uma entrevista. Eu me considero um curioso/estudioso do assunto e comecei a me interessar pelo tema desde as publicações da revista O Cruzeiro sobre aparições de discos voadores, nos anos 50. Hoje tenho mais de 200 vídeos de ufologia que comprei em diversos países e estudo tudo o que se passa no Brasil na área, como por exemplo, o caso do ET de Varginha. Está mais evidenciado e provado que os extraterrestres existem e acho que está chegando o tempo das grandes revelações. Infelizmente no Brasil a ufologia é sinônimo de brincadeira. O assunto não é levado a sério nem pela imprensa. A televisão prefere pôr bunda e coisas desagradáveis no ar, que não contribuem em nada para a formação das pessoas, em vez de fazer um programa sério sobre ufologia. Seria impactante e com apelo de audiência popular. Eu gostaria de produzir este programa."
Fábio Júnior, cantor e atorEscoltado por discos voadores Fábio Farah
“A estrela de Belém era um disco voador. Desceu um facho de luz sobre a manjedoura e botaram o homem lá”, diz Fábio Jr. "Há muitos anos comecei a ver OVNIs. Já vi de diversos tamanhos, formas, próximos ou distantes, e sempre achei emocionante. Quando vejo uma nave, acredito que seja uma mensagem dos extraterrestres dizendo algo como: “Agüenta aí, Fábio. Faça o teu que a gente está de olho aqui. Você, nem ninguém, está sozinho, apesar da grande maioria ainda não acreditar”. Eu acho um absurdo alguém não acreditar. Até meu filho Felipe, de 12 anos, entende do assunto melhor do que muito adulto. Há algumas semanas estávamos de férias no sítio e vimos uma nave triangular. “São pessoas mais evoluídas que vivem em outro planeta, como a Terra, e os veículos que eles usam são mais evoluídos. É a mesma coisa que se o papai tivesse um fusca e um Mercedes passasse pela gente”, expliquei. Um amigo que estava presente fez uma foto e quando revelou apareceu uma nave em forma de charuto, diferente daquela que vimos. Na minha opinião, não é preciso ver discos voadores para acreditar, mas o contrário. Tem que acreditar para ver. Os caras estão aí há 250 milhões de anos, cuidando da galáxia, da Terra. Eles interferem às vezes de maneira incisiva, chegam a baixar e descer da nave para que o homem não destrua o Planeta. A estrela de Belém era um disco voador. Desceu um facho de luz sobre a manjedoura, botaram o homem lá e disseram: “Sua missão é pilotar esse planetinha aí que está uma confusão”. Minha experiência mais impressionante aconteceu no Rio de Janeiro em 1980. Eu tinha terminado de gravar capítulos de uma novela e voltava sozinho para casa no Recreio dos Bandeirantes. Por volta das 3h olhei pela janela e vi duas naves bem próximas ao carro. Uma de cada lado. Comecei a acelerar e elas continuavam em cima. Buzinei, apaguei os faróis, depois acendi de novo para ver se acontecia alguma coisa ou se elas paravam. Quando percebi, o velocímetro marcava 180 km/h. No final da Avenida das Américas, em cima de uma ponte, as naves se separaram e foi uma para cada lado. Fiquei ali, vendido. Estava com tudo: medo, emocionado, queria fazer contato. Parecia coisa
de filme."
Norton Nascimento, ator Nave-mãe no litoral paulista
“Não aprovo pais que dão presentes relacionados a ETs a seus filhos”, diz Norton Vivianne Cohen "Sou fascinado pelo tema desde criança, quando devorava livros sobre extraterrestres e sobre a vida fora da Terra. No entanto, custei a acreditar no que estava vendo ao identificar uma estrela indo de um lado para outro no horizonte. Isso foi há 21 anos, do alto de um prédio numa praia em Santos. Inicialmente, pensei que era um avião. Mas depois me convenci de que era um OVNI porque o objeto se transformou em três. Na verdade, era uma nave-mãe. Fiquei eufórico. Há dez anos, passei novamente por essa experiência. Estava em Ubatuba, litoral de São Paulo,
com minha ex-mulher, Rosana Milani, e percebi uma luz laranja e amarela ao meu lado. Na hora, pensei em pegar o carro e seguir a luz até ir ao seu encontro atrás da serra. Meu interesse por esses fenômenos acabou crescendo por causa disso. Procurei um ufólogo para buscar explicações para esses mistérios. Perguntei tudo: como eles são, o que querem na Terra. E também como deveria me portar caso me deparasse com extraterrestres. Aprendi que devo dizer a palavra Jesus ou fazer o sinal de um triângulo na testa. Se eles responderem, são do bem. Os do mal não respondem.
Acho que a principal missão dos alienígenas no nosso planeta é dizimar tudo por aqui. Como o Mal perdeu em outra dimensão, agora eles estão descendo para cá. Por conta desse temor, não aprovo pais que dão a seus filhos presentes relacionados a ETs. Meus três filhos Leonardo, 18, Luana, 16, e Yasmim, 10, nunca tiveram um brinquedo que fizesse referência a esses seres. As crianças não podem achar que eles são legais."
Edgard Picolli, VJ Nem helicóptero, nem avião no ar
“Agora, quando olho para o céu é na expectativa de ver de novo”, diz ele Vivianne Cohen "Era verão de 1998 e eu cheguei sozinho à casa do meu sogro na Riviera de São Lourenço, litoral de São Paulo, para gravar programa no dia seguinte. Por volta das 23h eu estava na piscina e vi na altura da silhueta da Serra do Mar uma fileira de luzes. Era uma seqüência de cinco luzes redondas que rodavam, duas de uma cor e a do meio maior, alternando entre o vermelho e o amarelo. Ficaram uns 30 segundos pairando no ar. Depois desceram metade da altura e ficaram mais 40 segundos rodando, rodando. Aí foi baixando devagar e sumiu na serra, como se tivessem pousado. Cheguei à conclusão de que eram OVNIs porque helicóptero não roda luz colorida e faz barulho e, pela distância, só se fosse um megahelicóptero. E avião não era porque as luzes não riscavam o céu. Minha primeira sensação não foi de espanto, mas de curiosidade. Eu estava sozinho e fiquei pensativo. Olhei para os lados para conferir se eu realmente estava sozinho. Fiquei ressabiado, encanado, cabreirão. Sempre gostei de ufologia e havia lido vários livros. Acredito que os extraterrestres tenham tecnologia mais desenvolvida a ponto de virem à Terra fazer experiências e pesquisas para entender como é a vida aqui no nosso planeta. Se eu estivesse frente a frente com um ET perguntaria: ‘E aí, qual é a de vocês?’ Essa foi a única experiência que tive, mas agora, quando olho para o céu, é na expectativa de ver de novo. Ainda mais quando estou na praia à noite. Tenho até um roteiro com minha equipe para procurar disco voador no céu. Mas gostaria que a nave aparecesse mais de perto para ver o modelo da máquina."
Sandra de Sá, cantora Objeto imenso Vivianne Cohen
“Fiquei morrendo de medo, porque tudo que é desconhecido assusta”, diz ela "Quando era estudante de psicologia, antes de tornar-me cantora, lia muito sobre esses fenômenos porque precisava entender até onde poderia ir a imaginação das pessoas. Há cerca de 15 anos, contudo, vi que não é imaginação, que eles existem realmente. Estava com uns quatro amigos deitada na rede da varanda de uma casa em Maricá, no interior do Estado do Rio, quando avistei uma luz que vinha de longe e foi aumentando. Era um objeto imenso. Quando chegou perto de mim, ficou alguns segundos com uma luz muito intensa e, de repente, foi para trás e para o lado e sumiu. Fomos ainda para a beira da praia ver se conseguíamos olhar mais alguma coisa. Fiquei morrendo de medo, porque tudo que é desconhecido assusta. Mas também tive muita curiosidade. Passei a conversar constantemente com ufólogos e procurar explicações também na astrologia e numerologia. Queria muito ter contatos com pessoas abduzidas, saber como é a experiência. Se encontrasse um extraterrestre, ia querer perguntar sobre a vida dele, se ele gosta do Brasil. Gostaria de trocar informações. Acho que é pretensão achar que só existe a gente no mundo. Da mesma forma que construímos foguete para ir à Lua, eles também devem ter interesse em conhecer outros planetas e evoluir. De repente, até têm base por aqui. Só a gente pode fazer isso?"