
CC BY-SA 3.0 IGO / Agência Espacial Europeia /
O
Observatório Vera C. Rubin divulgou suas primeiras imagens de apenas
dez horas de observações, revelando a captura de milhares de galáxias,
nebulosas detalhadas e mais de dois mil novos asteroides, e prometendo
revolucionar nossa compreensão do Universo com o maior levantamento
celeste já feito.
O
Observatório Vera C. Rubin, localizado no Cerro Pachón, uma montanha de
2.682 metros de altitude na Região de Coquimbo, no norte do Chile,
revelou suas primeiras imagens, marcando um momento histórico na astronomia. Com o objetivo de transformar nossa compreensão do cosmo,
o observatório utilizou sua avançada câmera para capturar o céu em
comprimentos de onda ultravioleta próximo, óptico e infravermelho
próximo. Durante dez horas de observação intensa, foram obtidas imagens
que já demonstram o potencial revolucionário do projeto.
Segundo
Brian Stone, diretor interino da Fundação Nacional de Ciências dos EUA
(NSF, na sigla em inglês) — que junto do Departamento de Energia
norte-americano (DOE, na sigla em inglês) é responsável pelo projeto — o
Rubin reunirá mais dados sobre o Universo do que todos os telescópios ópticos anteriores combinados. A instalação permitirá investigações profundas sobre fenômenos ainda pouco compreendidos, como a matéria escura e a energia escura, que compõem grande parte do cosmo.
A principal missão do observatório é o Pesquisa de legado do espaço e do tempo (LSST, na sigla em inglês), um levantamento de dez anos do céu do Hemisfério Sul.
O telescópio vai observar o céu repetidamente, registrando cada região
cerca de 800 vezes com sua câmera de 3.200 megapixels — a maior do mundo
— criando um lapso de tempo cósmico sem precedentes.
O Rubin foi projetado para detectar qualquer objeto que se mova, pisque ou pulse, como asteroides, cometas, supernovas e pulsares. Isso permitirá desde a catalogação de corpos do Sistema Solar até o registro de eventos cósmicos distantes, contribuindo para um inventário detalhado do Universo dinâmico.

22 de junho, 03:35
Entre
as primeiras imagens divulgadas estão registros impressionantes das
nebulosas Trífida e Lagoa, na Via Láctea, compostos por 678 imagens
individuais que formam um mosaico de quase cinco gigapixels. Outra
imagem mostra cerca de dez milhões de galáxias ao redor do aglomerado de Virgem, evidenciando a capacidade de detalhamento do telescópio.
Além disso, o Rubin identificou 2.104 novos asteroides em apenas dez horas de observação — um número notável considerando que todos os outros telescópios terrestres descobrem cerca de 20.000 por ano.
A boa notícia é que nenhum deles representa risco à Terra, mas a descoberta reforça o papel do observatório na defesa planetária.
Fonte: https://noticiabrasil.net.br/20250624/maior-camera-do-mundo-registra-milhoes-de-galaxias-em-suas-primeiras-imagens-impressionantes-40705595.html
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