Foto, GUG, OVNI, Polícia Militar, Santo André, Trasladação
by Edison Boaventura Jr.
Cada ano que passa, acumulam-se os casos de pessoas abduzidas em todo o mundo, sendo que algumas delas, após passar por vários exames e experiências traumáticas à bordo dos OVNIs – Objetos Voadores Não Identificados, são posteriormente deixadas próximas ao local do seu rapto inicial e em outras vezes, muito distante daquele local – em outras cidades e até mesmo, em outros países.
Todavia, um dos aspectos que é dos mais intrigantes, raros e extraordinários do Fenômeno OVNI, envolvendo estes milhares de sequestros de pessoas, são os casos em que há a trasladação do automóvel juntamente com o motorista e os passageiros!
Abordarei alguns casos da década de 60 e da década de 70, que lançarão mais luz sobre este inquietante aspecto dos contatos. Destaque darei também a um caso ocorrido em julho de 1969 e pesquisado pela Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (CIOANI), órgão oficial de pesquisa da FAB – Força Aérea Brasileira.
Apresentarei ainda, um caso que teve como protagonistas quatro policiais militares do 10º Batalhão de Santo André – SP, que obtiveram uma foto diurna do disco voador, em um local, onde dois dias depois ocorreu outro impressionante caso envolvendo um automóvel que foi trasladado por cima da represa Billings, para a estrada velha de Ribeirão Pires, que dista alguns quilômetros do local onde a testemunha foi sequestrada pela nave – que possuía características idênticas ao objeto voador fotografado em 25 de agosto de 1977!
Traçarei também um paralelo com um caso similar acontecido na Argentina, em 1978, demonstrando que esta fenomenologia ocorre mundialmente e é coincidente em vários aspectos com os casos ocorridos em território nacional. Não tenciono encerrar o assunto neste artigo, pois certamente muitos outros casos desta natureza surgirão para que possamos, no futuro, ter um entendimento mais aprofundado sobre o tema. Abram a mente e tenham uma boa leitura!
Dez Mil Dólares por um Fusca
Na década de 90, durante visita pessoal que fiz ao ufólogo pioneiro José Victor Soares (in memoriam), presidente do GENA – Grupo de Estudos de Navexologia e Arqueologia, situado em Gravataí – RS, tomei conhecimento de um dos primeiros casos extraordinários e polêmicos ocorridos no sul do nosso País, na divisa com o Uruguai, em dezembro de 1968.
Victor contou-me empolgadamente que um casal pertencente à família Kowarik partiu à noite em seu fusca para o Uruguai, tendo sua viagem de ‘Lua de Mel’ interrompida abruptamente em certa parte da estrada. Segundo o relato do casal, ambos foram tomados por intensa sonolência durante o percurso e só acordaram com o nascer do sol, em um caminho um pouco diferente. Prosseguindo a viagem, resolveram parar em um povoado para perguntar se já estavam próximos a capital uruguaia, Montevidéu. Surpresos, souberam então, que estavam no México!
Naquela ocasião da minha visita, recebi das mãos do pesquisador gaúcho uma cópia do artigo assinado por Paulo Poli, do “Jornal do Comércio”, datado de 5 de março de 1969, que corroborava aquele relato e acrescentava detalhes mais surpreendentes…
Na página nº 21 daquele periódico havia informação de que os recém casados não portavam passaportes e, portanto, estavam ilegalmente no México, sendo conduzidos às autoridades locais para averiguações. O jornal também afirma que as duas testemunhas permaneceram nos Estados Unidos por quase quatro meses antes de voltar ao Brasil, tendo passado inclusive, algumas semanas em uma clínica psiquiátrica, devido ao trauma sofrido.
Por fim o artigo afirmava que: “O carro, um Volkswagen, apresentava a capota queimada e foi comprada pela NASA por dez mil dólares…”.
Este fato pitoresco acontecido no extremo sul do Brasil, na divisa com o Uruguai, teve um caso precedente ocorrido na cidade de Santana do Livramento – RS, no ano de 1967 e que foi publicado recentemente e de forma inédita na revista UFO nº 187, de abril de 2012. Quatro testemunhas confirmaram um fato curioso ocorrido com Romeu Tavares, que voltando do Clube Balneário Santa Rita teve seu carro – um fusca verde do ano de 1961 – envolto em uma espécie de torvelinho, que o suspendeu no ar, alçando vôo por cerca de dois quilômetros, antes de voltar a estrada.
Outros casos envolvendo o fenômeno da trasladação de automóveis também foram descritos de forma sintética no boletim nº 72/73, de janeiro-abril de 1970, editado pela SBEDV – Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores. Por exemplo, na página nº 152, consta um caso ocorrido no dia 15 de janeiro de 1969, na rodovia Presidente Dutra e que também foi publicado no jornal carioca “Diário de Notícias”, em sua edição de 18 de março de 1969.
No boletim de pesquisas ufológicas carioca está escrito: “Há rumores de que duas pessoas foram transportadas por disco voador, quando viajaram em seu carro na Presidente Dutra, de lá para uma cidade norte-americana, junto à fronteira mexicana. O carro trazia marcas de gancho do veículo transportador. Outro casal brasileiro (de nome Azambuja), teria sido transportado para o México em seu carro, em circunstâncias análogas”.
Perua é Trasladada Em Santa Catarina
Na década de 90 tomei conhecimento de outro episódio classificado como sendo um Contato de 2º Grau, pois envolveu a parada do funcionamento elétrico do automóvel e causou efeitos fisiológicos nas testemunhas. Este fato ocorreu no dia 13 de julho de 1969, próximo a Palhoça – SC, envolvendo quatro comerciantes e foi publicado no periódico carioca “O Jornal” de 24 de julho de 1969, tendo a atenção despertada por parte das autoridades locais que realizaram um inquérito e investigações sigilosas.
O incrível acontecimento relatado na matéria jornalística com o título “Disco voador transportou carro com 4 passageiros”, mencionava como testemunhas José Manuel González Cáceres, Onílio José da Silva, José Cidimar Barbosa e Moysés Couto.
A viagem de negócios em uma perua Kombi (Volskwagen), de Novo Hamburgo – RS à Florianópolis – SC, transcorria normalmente, quando por volta das 21 horas, na localidade de Palhoça – SC (cerca de 15 quilômetros ao norte de Paulo Lopes – SC) e próximo a vila de Massiambú, quando depararam com o disco voador planando a baixa altura.
Contaram que no momento do encontro com a nave que se deu em uma curva da rodovia, a pista estava deserta e barrenta, devido a uma rala chuva que caía no momento e os ocupantes do veículo ouviam um programa de reportagem da Rádio Guaíba. Momentos de pânico foram vividos pelas testemunhas quando foram envoltos em intensa luminosidade por facho de luz emitido pelo objeto voador, enquanto que o sistema elétrico da Kombi era totalmente desligado e simultaneamente, escutavam um “zumbido de uma enceradeira ou liquidificador”.
Em ato contínuo, a perua Kombi foi elevada ao ar pelo disco voador e os ocupantes sentiram calor e pequena falta de ar, sendo que não souberam precisar quanto tempo ficaram nesta situação e em que distância foram deixados posteriormente, em um ponto mais adiante daquela rodovia.
O automóvel foi deixado lentamente no solo e totalmente desligado. Perceberam que o disco voador se posicionou a cerca de 500 metros de distância e a cerca de 100 metros de altura, quando então, as luzes e o rádio da Kombi voltaram a funcionar normalmente. Todavia, sentiram um cheiro forte e similar ao de um transformador queimado.
Segundo a descrição das testemunhas o objeto voador tinha o formato de duas bacias emborcadas, com 10 metros de comprimento por 4 metros de altura. Possuía 3 ou 4 janelas elípticas na parte superior da aba, parecendo ser aluminizado e por trás das janelas filtrava-se uma luz mais clara de tonalidade avermelhada. Através das janelas foi percebido vultos que se movimentavam dentro do objeto e uma luz vermelha de pequenas proporções girava constantemente em volta daquela estrutura.
Mais alguns quilômetros à frente, olhando pelo vidro traseiro do automóvel, viram o mesmo objeto voador, imobilizar também um caminhão cheio de carga que tinha a placa da cidade de Biguaçu – SC. O disco voador fez um movimento ondulatório e partiu velozmente em direção ao mar. Ao se aproximarem os dois veículos, o motorista do caminhão disse ao motorista da Kombi que estava morrendo de medo e decidiram seguir juntos em comboio até Florianópolis – SC.
Durante o caminho até a capital de Santa Catarina, perceberam no asfalto alguns pontos secos, apesar da chuva. Eram várias marcas circulares!
Logo que chegaram à Florianópolis – SC, se hospedaram no Hotel Majestic e chamaram um médico para atender Moysés Couto que não estava bem. Posteriormente, as autoridades fizeram um relatório do caso.
30 Anos Depois…
No final do mês de outubro de 1999 estive em Florianópolis – SC e consegui localizar uma testemunha que presenciou o nervosismo dos ocupantes do veículo, quando chegaram a noite no Hotel Majestic, localizado na Rua Trajano, nº 4 e também, o proprietário do hotel, Gentil Reinaldo Cordioli, que confirmou toda a surpreendente história vivida pelos quatro comerciantes.
Paulo Setúbal contou-me que os viajantes chegaram apavorados e contaram para todos presentes a sua aventura com o disco voador. Disse ainda, que um dos viajantes estava debilitado e vomitava bastante. “Havia um círculo queimado no teto da Kombi. Isto era estranho”, disse Paulo.
Gentil Cordioli disse: “Moysés chegou com crise de vômito. No dia seguinte o doutor Barreto medicou-o e informou que poderia ser vômito de origem nervosa, aconselhando-o a voltar para Novo Hamburgo. O espanhol González estava com uma alergia nas sobrancelhas”.
Pesquisa Oficial
Em dezembro de 1997, tive a satisfação de conhecer pessoalmente o major Gilberto Zani de Melo, que foi o chefe operacional do CIOANI – Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados, o primeiro órgão oficial de pesquisa ufológica da Força Aérea Brasileira que analisou este interessante caso de trasladação. Por meio de informações que o major Zani me repassou naquela época consegui ter acesso, em 2001/2002 ao relatório gerado e assinado por outro major da Aeronáutica, Francisco Hirchmann Júnior.
A pesquisa conduzida pelos militares do Comando Costeiro – Destacamento da Base Aérea de Florianópolis, produziu um relatório de 19 páginas com conteúdo rico em detalhes, pois explora aspectos que não foram abordados na matéria jornalística, além de croquis e outros anexos. Inclusive, junto ao dossiê estava um ofício de nº 00806, datado de 30 de junho de 1970, assinado pelo comandante Theóphilo Aquino do Prado que repassava ao IV COMAR (Comando Aéreo), em São Paulo – SP, os seguintes documentos: um relatório de pesquisa OANI (19 folhas), declaração (3 folhas) relatando a ocorrência e assinada por José Manuel González Cáceres e relato suscinto da ocorrência (1 folha datilografada).
O preenchimento dos relatórios oficiais foram realizados em 15 de maio de 1970, quase um ano depois da ocorrência, quando José Manuel González Cáceres já possuía uma loja de calçados em Florianópolis. Na ocasião, além de González, o senhor Onílio também foi entrevistado pelo militar.
Constou um comentário muito interessante do major Hirchmann na página nº 19 do relatório de investigação, que transcrevo a seguir: “Foram localizados dois ocupantes da Kombi que observaram o fato, o Sr. José Manuel G. Cáceres e o Sr. Onílio José da Silva, sendo que os outros dois residem em Novo Hamburgo. Foi tomado o depoimento do Sr. José M. G. Cáceres visto que o mesmo possui um nível de instrução bem mais elevado, bastante facilidade de expressão e boa avaliação de distâncias devido a prática de fotografia. Em conversa com o Sr. Onílio, não foi notada qualquer discrepância ou fato à acrescentar. Pelo que me foi dado a observar, sem maiores familiaridades com o assunto, pareceu-me que o objeto efetuou um teste de potência utilizando força magnética para suspender a Kombi por duas vezes, sendo ouvido o barulho de um motor elétrico de alta rotação acompanhado de forte cheiro de ozônio (este cheiro não pôde ser convenientemente descrito, mas poderia ser o que se verifica em presença de fortes correntes elétricas). Após este fato ao afastar-se o objeto, foi também utilizado um holofote girando em várias direções”.
Durante a entrevista, Hirchmann comentou com o entrevistado que, na noite daquele dia 13 de julho de 1969, houve um apagão na SOTELCA – Sociedade Termoelétrica de Capivarí, em Tubarão – SC que segundo ele, poderia estar associado àquela aparição extraordinária.
Um Caso Clássico
Na década de 70 tivemos o acontecimento de um caso clássico de abdução que é bem conhecido do público geral pois, foi amplamente divulgado pela imprensa escrita e televisiva. Trata-se do “Caso Hermínio e Bianca”, ocorrido em uma noite de 12 de janeiro de 1976, onde um casal foi sequestrado juntamente com seu automóvel para dentro da nave alienígena.
Hermínio Reis e Maria Aparecida de Oliveira Bianca, durante uma viagem do Rio de Janeiro – RJ para Belo Horizonte – MG, observaram inicialmente uma espécie de “balão” luminoso e em seguida perceberam que não era deste mundo. Em seguida, foram levados à bordo do disco voador onde conheceram o comandante que se chamava Karran. Receberam vários ensinamentos e estiveram conscientes em todo o tempo dentro daquele aparato voador.
O fato ganhou notoriedade e foi apresentado no Programa Flávio Cavalcante, da extinta Rede Tupi de televisão. Aquele fato de 1976 foi o primeiro de uma série de quatro encontros com Karran. Apesar da polêmica e paradoxalidade deste caso, resolvi incluí-lo neste artigo somente pelo fato de ter ocorrido também a trasladação do seu Karmann Ghia para dentro do disco voador.
O “Caso Hermínio e Bianca” foi o primeiro caso envolvendo o fenômeno da trasladação de automóveis na década de 70, sendo que no ano seguinte, houve um impressionante caso, sendo que um fusca teria voado por cima da represa Billings, no estado de São Paulo.
Policiais do Tático Móvel Fotografam Disco Voador!
Entretanto, antes de relatar este fato, informarei sobre outro caso importante que ocorreu dois dias antes da ocorrência e saliento que existem fortes indícios de ligação com o caso da represa, pelas características apresentadas do objeto voador e pela proximidade ao local do ocorrido.
No dia 25 de agosto de 1977, quatro policiais do 10º Batalhão da Polícia Militar de Santo André – SP, realizavam uma ronda nas proximidades da represa do Pedroso. As testemunhas deste episódio, cabo José Nascimento de Oliveira, soldado motorista Luiz Fernandes Filho, soldados auxiliares Antônio Carlos Fonseca e Arcênio Possidônio Costa, vivenciaram uma experiência que jamais esqueceram!
A mensagem nº 2922 transmitida pelo telex do CPAM-6 – Companhia de Policiamento da Área Metropolitana de Santo André, assinada pelo tenente Sebastião do Carmo e recebida por volta das 10 horas da manhã do dia 25 de agosto de 1977, no Quartel General da Polícia Militar de São Paulo, dizia textualmente o seguinte: “Os componentes do Tático Móvel 3104, composto pelo cabo Nascimento e pelos soldados PMs Fernandes e Possidônio, quando em patrulhamento com vistas a autos a abandonados, na Estrada de Cata Preta, depararam com um objeto misterioso, não identificado, de forma arredondada tipo chapéu, que surgiu de entre os morros ali existentes e logo após desapareceu. O fato deu-se por volta das 8:30 horas e foram batidas fotos do objeto pelos componentes do referido Tático Móvel”.
O Quartel General manteve sigilo até que as fotos tiradas por um dos policiais fossem reveladas, estudadas e então, pudessem ser liberadas à imprensa.
Segundo os jornais “Diário do Grande ABC”, de 31 de agosto de 1977 e “Diário da Noite”, de 3 de setembro de 1977, que noticiaram o caso, a aparição se deu por volta das 8:30 horas, quando os policiais notaram a presença do objeto voador em cima do morro. “Ele estava parado, logo acima do morro e sem emitir qualquer ruído. Logo após o primeiro impacto, andamos uns seis metros do local onde avistamos o objeto e paramos o carro”, explicou o PM Fernandes.
Os policiais tentaram uma aproximação para fotografá-lo mas, tinham a impressão que o disco voador se afastava ou diminuía de tamanho quando eles avançavam na sua direção. Assim, o PM Fernandes resolveu fotografá-lo, tirando duas fotos e logo após isso, o disco voador desapareceu.
Os policiais pediram apoio para outras viaturas, enquanto que o cabo Nascimento comunicava o Quartel General do ocorrido.
Então, os integrantes do Tático Móvel levaram o filme para ser revelado na Foto Akimi, localizada na rua Cel. Oliveira Lima, nº 426, em Santo André – SP. Segundo Naoto Yoshida, funcionário da loja, que revelou o negativo, os policiais estavam com muita pressa para ver o resultado da revelação.
“Tão logo revelei o filme, coloquei-o direto no amplificador, quando o correto seria deixá-lo no fixador por pelo menos três minutos, com isso após revelar a primeira foto, o negativo estragou-se”, afirmou Naoto.
Posteriormente, as fotos foram gentilmente cedidas pelo coronel Bonifácio Gonçalves, comandante interino do CPAM-6 de Santo André para matérias jornalísticas.
Em 19 de maio de 1999, escrevi uma carta ao Arquivo Geral da Companhia da Polícia Militar, solicitando documentação, fotos e informações à respeito deste caso. Somente em 19 de janeiro de 2000, por meio do ofício nº GabCmtG 168/200/00, assinado pelo capitão Jorge Luiz Alves, recebi a resposta que transcrevo a seguir: “Em resposta a solicitação de dados sobre a aparição de objeto voador não identificado no dia 25 de agosto de 1977, na estrada de Cata Preta em Santo André, incumbiu-me o Excelentíssimo Senhor Comandante Geral de informar que entre os policiais militares que integravam a guarnição da viatura naquela ocasião, somente o cabo PM Luiz Fernandes Filho concordou em conversar com esse presidente, desde que não onere suas horas de folga… Esclareço que o oficial que assinou a mensagem nº 2922 foi o capitão PM Sebastião do Carmo, já falecido. Informo ainda que não foram obtidos registros de fotografias, nem da empresa Foto Akimi, bem como do jornal Diário da Noite”.
PM Acrescenta Detalhes 23 Anos Depois…
No primeiro semestre do ano 2000, obtive o endereço do PM Fernandes que me atendeu em sua residência no litoral paulista, juntamente com o membro do GUG – Grupo Ufológico de Guarujá, Marcos Guimarães Salgado.
Durante a entrevista concedida ao GUG, disse que na época os militares envolvidos, após as primeiras notícias jornalísticas, foram recolhidos e proibidos de dar entrevistas sobre o assunto. Por outro lado, tiveram que falar com o Serviço Reservado da Polícia e da Aeronáutica. “A Aeronáutica confiscou as fotos. Fotos e negativos foram para análises… Passados seis meses, veio gente de outro País, americanos, e demos entrevista. Os americanos foram no local, trouxeram aparelhos e mediram radiação. Constataram um campo muito forte. Depois, me levaram num escritório e me mostraram alguns aparelhos, vídeos…”, afirmou o PM Fernandes.
Sobre o disco voador fotografado complementou o militar: “Estávamos na estrada do Clube de Campo e vimos um objeto com domo, de formato de um Karmann Ghia de mais ou menos 3 metros de diâmetro, de cor prateada e notei um alto relevo naquela estrutura”.
Ao final da entrevista, o PM Fernandes fez um desenho do objeto, um croqui do local do avistamento e entregou fotos do disco voador. Todavia, a má conservação daquele material fotográfico, prejudicou um pouco a nitidez do objeto em questão.
Voando Por Cima da Represa Billings Em 270 Km/h
Em 2002, eu soube de outro caso que ocorreu exatamente dois dias depois da obtenção das fotografias do disco voador em Santo André – SP, pelos policiais.
O descendente de japoneses Sérgio Kazuo contou-me que, na manhã de sábado, dia 27 de agosto de 1977, viveu uma experiência muito estranha que jamais esqueceu.
Contou ele: “Eram por volta das 7:10 horas da manhã e eu me dirigia para a represa, pela estrada do Pedroso, em Santo André, com o objetivo de pescar tilápias, traíras e lambaris, como de vez em quando, eu fazia. De repente, vi um objeto redondo com cúpula prateado que veio na minha direção. Fiquei com medo e no começo não escutei barulho, mas quando ele levantou meu automóvel, senti um calor e ouvi um barulho parecido com o zumbido de um transformador”.
Em segundos, Kazuo e seu fusca branco, foi levantado ao ar pelo OVNI – Objeto Voador Não Identificado por cima da copa das árvores e muito velozmente, viu que sobrevoava a represa. Em seguida, perdeu os sentidos.
“Acordei, olhei no relógio e eram 7:20 horas. Estava meio atordoado, meio sonolento e percebi que estava numa estrada diferente, de terra. Parei e perguntei para um moço que passava no local e descobri que estava na estrada velha de Ribeirão Pires, próximo ao Rio Grande. Como pode isso?”, complementou sua narrativa.
A testemunha informou que foi complicado voltar para a cidade Santo André, e que demorou cerca de uma hora ou mais, pois estava em outro município e a represa Billings ficava bem no meio do caminho.
Kazuo voltou para sua residência sem pescar nenhum peixe e resolveu não falar no assunto no mesmo dia. Comentou o fato posteriormente e disse ainda, que teve irritação nos olhos e até hoje, não sente mais vontade de pescar.
Quando questionado sobre o tamanho e aparência do objeto voador, estimou em cerca de 4 metros de diâmetro, mas não conseguiu prestar atenção em detalhes do objeto, pois foi tomado de pavor naquele momento.
Pesquisadores do GUG traçaram uma linha reta entre o ponto inicial do rapto até o ponto onde a testemunha e seu automóvel foram deixados e estimou em 7 quilômetros a distância percorrida. Considerando que a testemunha lembra-se que passou por cima da represa Billings em aproximadamente 1 minuto, antes de desfalecer, tomando por base que em linha reta até a represa temos 4,5 quilômetros, a velocidade em movimento uniforme do OVNI teria sido de 270 km/h. Supondo que o disco voador tivesse feito o trajeto todo em 1 minuto e meio, até o ponto em que a testemunha foi deixada, a velocidade alcançada seria de 280 km/h!
Caso Similar na Argentina
No livro escrito pelos jornalistas Paulo Torino e Renato Pastro, intitulado “Rallye Volta da América: 1978 – 2008”, está registrada uma história incrível que versa sobre a trasladação de um automóvel durante o rallye do ano de 1978, que teve como protagonistas os chilenos Carlos Acevedo Ramirez e Miguel Angel Moya (em substituição a Hugo Casanova).
Durante o rallye que ocorreu em setembro de 1978, no parque fechado em Bahia Blanca, na Argentina, ocorreu aquela insólita experiência… Eram 1:30 horas…
Contam eles: “… a 30 km depois de Viedna, em plena madrugada, vimos pelos retrovisores como se aproximava uma luz amarelada de forma oval. Primeiramente pensamos que seria uma Mercedes Benz com todos os faróis acesos, pela grande velocidade com que chegou até nós. Mas de repente uma tremenda luz entrou no carro e sentimos que nos elevávamos a três, quatro metros sobre a estrada enquanto o motor desligava. A situação demorou somente um minuto ou dois. Em dado momento o carro “caiu” no acostamento da estrada e vimos que a imensa luminosidade se retirava voando. Quando nos recuperamos verificamos que os tanques de combustível que havíamos enchido até “a boca” em Viedna, estavam praticamente vazios. Quando reiniciamos a marcha notamos que estávamos próximos a Bahia Blanca. Paramos para reabastecer na localidade de Pedro Luro e notamos que o odômetro do veículo não marcava a quilometragem que efetivamente havíamos feito. No posto de gasolina nos disseram que essas “coisas”, os UFOS, passavam por lá seguidamente, várias vezes na semana…”
Os competidores, após o contato com o OVNI, sabiam que receberiam uma penalidade e já estariam fora da competição! O jornal “El Clarin”, de Buenos Aires, trouxe informações sobre este intrigante caso e afirmou na época que o veículo percorreu 70 km em 1 minuto, alcançando uma velocidade de aproximadamente 4250 km/h…
O Mistério Continua!
Após a abordagem desta casuística inusitada que em certas partes são até coincidentes, é perceptível que faltam peças para entendermos plenamente este quebra-cabeças. Faltam dados para que possamos responder muitas perguntas, tais como: Porque nas décadas de 60 e 70, em alguns casos, a abdução se processava juntamente com o automóvel? Qual seria o objetivo destes sequestros relâmpagos? O que ocorria com a testemunha, além dos efeitos fisiológicos, durante este pequeno tempo suspenso ao ar?
Como esta abordagem por parte dos tripulantes dos OVNIs não vem se repetindo na atualidade, pelo menos por enquanto, parecendo que as trasladações de automóveis ficaram estáticas no passado da década de 60 e 70, temos uma única certeza: a de que estamos prosseguindo para o futuro, à passos largos, sabedores de que o Fenômeno OVNI é uma fonte inesgotável de surpresas…
Quanto mais adentramos em seus aspectos enigmáticos, mais e mais, surgem questionamentos. Entretanto, cumpri o meu objetivo inicial e acrescentei mais uma peça ao puzzle ufológico!
Sobre o autor
Edison Boaventura Jr. é pesquisador há 26 anos, fundador e atual presidente do GUG – Grupo Ufológico de Guarujá. Possui diversos trabalhos publicados em revistas, jornais e periódicos de vários países. Realizou e participou de vários congressos nacionais e internacionais. Participou de vários programas de televisão e rádio. Como pesquisador adota a linha científica de investigação, tendo investigado centenas de casos de abdução, pousos e contatos com OVNIS, principalmente no Litoral Paulista. Participou intensamente da investigação do “Caso Varginha”, em Minas Gerais. Viajou para vários países para investigar o fenômeno, como por exemplo, Egito, Grécia, Turquia, Inglaterra, França, Peru, Chile e Argentina. Atualmente vem desenvolvendo levantamentos sobre a atuação de militares brasileiros em pesquisas relacionadas com o Fenômeno Disco Voador. É o pesquisador brasileiro que possui a maior quantidade de documentos oficiais sobre o assunto. Endereço para contato: boaventura@ufologo.com.br ou pelo telefone (11) 98424-6925.
Fonte: http://www.portalburn.com.br/fenomeno-intrigante-trasladacao-de-automoveis/