(Reprodução/Wiki)O corpo da criança inca foi congelado em 1985, após ter sido encontrado semi-enterrado na base da montanha de Pirâmide, na província de Mendoza, na Argentina. De acordo com os estudiosos, a múmia era de um garoto andino de aproximadamente oito anos que morreu há mais de 500 anos em um ritual religioso chamado ‘capacocha’.
Uma equipe de investigadores espanhóis e argentinos analisou o DNA procedente da biópsia de um dos pulmões da criança. O que eles encontraram foi surpreendente, de acordo com os detalhes apresentados na revista 'Scientific Reports'.
O que descobriram na verdade foi um genoma completamente desconhecido e nunca antes identificado, tal fato significa que ele deve fazer parte de uma linhagem de humanos nunca antes vista. A novidade foi 'apelidada' de C1bi e faz parte de uma organização do material genético passada de mãe para filhos, com valiosas informações do ponto de vista populacional.
(Reprodução/Nature)
A equipe que fez a descoberta é liderada pelo professor e geneticista Antonio Salas Ellacuriaga e pelo pediatra Federico Martinón Torres, ambos da Universidade de Santiago de Compostela. Eles creem que está 'nova linhagem' apareceu a cerca de 14 mil anos, provavelmente durante as primeiras etapas de expansão do ser humano pelo continente americano.
"Cruzaram o continente e se extinguiram por alguma razão", explica o professor Salas.
Trata-se da primeira vez em que uma múmia andina foi estudada geneticamente. A aplicação das novas técnicas de DNA a restos humanos antigos abrem um janela para o conhecimento das doenças e a forma de vida dos ancestrais. O próximo passo aos estudiosos agora é sequenciar o genoma completo do menino, para que múltiplas novas informações possam ser analisadas.
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