abril
01, 2017
Nestas redondezas da Serra do Batista ocorreu o
caso ufológico.
Distante cerca de 17 km da sede do município
piauiense de Valença do Piauí, chegamos à sede da isolada Fazenda Morada Nova,
na Serra do Batista. Ali fomos entrevistar o sr. Ângelo Pereira da Silva,
morador daquele ermo recanto.
O Sr. Silva se mudou para aquela fazenda em
1979. Por essa época já havia acontecido nas redondezas um estranho caso
supostamente ufológico com tal de Firmino, pessoa muito conhecida na
região.
Soubemos através de nosso anfitrião que o tal Firmino estava numa
espera (tocaia de caçada) em uma noite escura. De repente, lá vem o que os
caboclos chamam de aparelho, iluminando tudo. Ficou tudo tão claro que poderia
ser achada uma agulha no chão. É um ponto comum em todos estes tipos de
casos.
Só que desta vez o aparelho não era tão pacífico como de maneira usual
são noticiados nos nossos sertões. Este avançou pelas árvores e se aproximou
ameaçadoramente de Firmino, que estava numa rede no alto de uma árvore,
lançando-o violentamente ao chão. O caçador se arrebentou todo na queda, saindo
todo rasgado de galhos.
Desorientado e apavorado, Firmino correu
aleatoriamente para qualquer direção, vez por outra batendo o rosto contra as
árvores, escorregando, se arranhando e arrancando as unhas dos pés nos lajeiros.
Até que perdeu de vista o aparelho e a luminosidade.
Então Firmino desmaiou,
esgotado pelo susto e pelo cansaço da fuga. Encontraram o infeliz no outro dia,
desmaiado e sangrando muito. Mas sobreviveu para contar seu estranho
caso.
Perguntamos ao Sr. Ângelo o que seria este aparelho, ao que ele nos
respondeu:
No começo eu tinha muito medo, pois o povo dizia que era o
Chupa, uma coisa que tirava o sangue da gente. Mas depois, de tanto a gente ver
e ouvir nossos amigos contando as histórias, nós até que nos acostumamos. Todo
mundo viu. O caçador dessa região que fez alguma espera de 1979 a 1982 e disser
que não viu está mentindo.
O Sr. Ângelo da Silva, morador da Serra do Batista
e testemunha do fenômeno luminoso.
Passamos então, a ouvir o Sr. Silva contar
o caso acontecido com ele próprio:
Eu mesmo já vi muitas vezes aqui no
sítio. Uma vez foi a pior de todas. Eu fui com meu irmão Manoel a uma caçada e
do ponto que ele tava, um aparelho arrodeou ele. O mano ficou apavorado, com os
olhos esbugalhados, sem coragem de se mexer. A claridade era tanta que deu nas
faveiras do lugar e os caititus se deitaram de susto. Até os bichos do mato têm
medo desse troço.
Mesmo com muito medo apontei minha espingarda para o bicho
e dispare. Não sei se acertei moço. Mas o certo, é que o aparelho nunca mais
apareceu. O Período de ele assustar a gente aqui foi de 1979 a 1982.
E como era esse aparelho? - Perguntamos.
A bem da verdade a
gente só via mesmo era o clarão que vinha de cima das folhas das árvores. A
gente só via o movimento, a luz caindo sobre a gente.
Era um brilho medonho e
fazia uma zoada assim como um ventilador velho. Ventava muito. Era como um
porta-vento. Lembro também que mesmo de longe parecia fazer uma friagem danada.
Meu irmão tava mais perto do aparelho e confirmou o frio.
O que esse
relato tem em comum com milhares de outros de nossos sertões é, além da intensa
luminosidade, o fato de que os caçadores quase nunca veem o aparelho
propriamente dito, mas sim apenas a sua luminosidade.
Acrescentamos ainda que
percebemos espontaneidade e seriedade nas palavras do Sr. Ângelo Silva.
Sutilmente, perguntamos a ele se poderia ser um disco-voador. Ele respondeu que
não sabia o que era o disco-voador. Na época em que o entrevistamos (2001) a
energia elétrica ainda não tinha chegado a sua casa, que não possuía sequer um
aparelho de televisão.
Nosso amigo valenciano, o intelectual Antônio José nos
contou que a tradição popular reza que a razão de acontecerem tantos fenômenos
estranhos na serra do Batista é que ali haveria uma jazida de urânio. Também no
município de Pedro II, no norte do Piauí, terra de impressionantes fenômenos,
dizem a mesma coisa por causa de minérios...
Aliás, o mesmo Antônio José nos
contou uma marmotagem esquisita da serra. No final dos anos 60 seu tio Aarão
Tenório foi acometido por um destes fenômenos arrepiantes:
Meu tio vinha
do (vale do) Sambito da casa do compadre João, tocando seu dócil e preguiçoso
jumento pelas veredas da encosta da serra quando viu uma figura com um objeto
transformante na mão. Estava já escurecendo e meu tio discerniu que a figura era
um tipo de arco-íris. Assim uma coisa difícil de se estabelecer. Só lembro que
ele falava que o bicho mudava muito de cor e de formato.
O jumento estranhou
aquilo. Começou a emburrar, parava, andava e hesitava. De vez em quando meu tio
ouvia um estridente grito, ali de longe. Ele não estava muito perto da coisa. Só
sei que ele viu muito aquela coisa esquisita, que ele não sabia nem mesmo dizer
o que era. Mas, ele sempre disse que coisa nossa, aqui dos homens, não era. Até
que o bicho desapareceu e não se ouviu m ais os seus gritos...
Meu tio ficou
tão impressionado que daquela época em diante nunca mais ele viajou sozinho, nem
que fosse só uma visita de umas léguas... Ele se impressionou demais... Mas ele
não passou por mentiroso porque muitos outros sertanejos viram a marmota na
serra do Batista. Principalmente no final dos anos 60...
Coisas das
solidões do Sertão...
FONTE: http://www.piracuruca.com
http://ufos-wilson.blogspot.com.br/2017/04/valenca-do-piaui-o-aparelho-da-serra-do.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário