por Renê Fraga
Um dos casos de avistamentos de UFOs mais estudados pelos pesquisadores no
Brasil ocorreu no dia 8 de fevereiro de 1982, no que ficou conhecido pelo título
de “Incidente do Vôo 169”.
Este vôo partiu da cidade de Fortaleza, Ceará, com bom tempo e céu claro, num
boeing 727, de prefixo PP-SNG, conforme narra o próprio comandante da aeronave,
Gerson Maciel de Britto.
O avião decolou à uma hora e cinqüenta minutos da madrugada e não houve
qualquer novidade até chegar nas proximidades da cidade de Petrolina, em
Pernambuco, quando Britto observou um foco luminoso à esquerda da aeronave.
O comandante, então, entrou sem contato com o solo, tentando saber que avião
seria aquele – e descobriu que não havia sinal de qualquer aeronave nas
proximidades.
Britto sinalizou os faróis do Boeing e reduziu a iluminação da cabine para
melhor observar o objeto, pensando ainda que poderia ser algum avião não
identificado.
Ainda assim, o objeto continuava voando próximo ao Boeing, em silêncio, e as
suas evoluções eram notadas tanto pelo comandante quanto pela tripulação.
Era noite clara, de luar, e as condições eram perfeitas para o avistamento,
de forma que em momento algum o comandante Britto chegou a confundir aquela luz
com a lua ou com o planeta Vênus.
Britto lembra-se de que o objeto que seguia o seu avião mudava de cor, de
vermelho para laranja, sendo que a parte central era branca e azulada.
Outro detalhe da nave que também chamou a atenção do comandante era seu
deslocamento no ar: ela passava ao lado, por sobre e abaixo do avião; como se
brincasse com o Boeing.
Britto continuava tentando confirmar o que seria aquele objeto, através de
contatos seguidos com Brasília. No entanto, a resposta era sempre a mesma: não
havia nada surgindo no radar.
Duas outras aeronaves, no entanto – uma das Aerolineas Argentinas e outra da
Transbrasil – confirmaram que havia feito um contato visual com um objeto
estranho.
Britto notou, então, que teria que buscar a resposta ele próprio e passou a
sinalizar seguidamente para o objeto, esperando alguma resposta. O UFO, no
entanto, continuava fazendo as mesmas evoluções no espaço, ora aproximando-se,
ora distanciando-se do avião.
Poucos minutos após passar por Belo Horizonte, Britto teve a confirmação que
buscava: o radar, em Brasília, anotava a presença de um ponto próximo ao Boeing
do comandante.
Só depois de todo esse tempo e de sua certeza, Britto chamou a atenção do
restante da tripulação e dos passageiros sobre a presença do objeto.
Teve, no entanto, o cuidado de falar calmamente, para não criar pânico entre
os passageiros: todos eles puderam ver o objeto, inclusive alguns nomes
conhecidos da sociedade brasileira.
O voo ligava Fortaleza a Rio de Janeiro, e praticamente em todo o percurso o
avião foi seguido pelo UFO, que só desapareceu quando o comandante Britto se
preparava para pousar no Rio de Janeiro.
Alguns passageiros do voo confirmaram inteiramente as palavras do comandante,
e a própria VASP, que fez a sua própria investigação sobre o fato, que não
conseguiu comprovar que tenha havido qualquer engano ou mentira deliberada por
parte daqueles que viram o UFO.
O mais curioso em toda essa estória é que alguns passageiros que acompanharam
o vôo do UFO, ao lado do avião, não esconderam seu espanto diante do que
assistiram durante horas.
Uma passageira, Silézia Del Rosso, conta que o objeto “brilhava como uma
lâmpada de mercúrio, de iluminação pública. Fiquei empolgada e todos os
passageiros procuravam inteirar-se do avistamento, disputando as janelas do
avião. Mesmo assim estavam todos calmos, como se estivessem acostumados a ver
todos os dias os UFOs”.
Vários outros passageiros confirmaram o encontro, com exceção de alguns
religiosos, que saíram de Fortaleza para a XX Assembléia Geral da CNBB.
Estavam no vôo o bispo auxiliar de Fortaleza, Dom José Teixeira, Dom Edmilson
Cruz, bispo Crato, Dom Pompeu Bessa, de Limoeira do Norte e Dom Aloísio
Lorscheider, cardeal arcebispo de Fortaleza.
Curiosamente os religiosos não quiseram sequer olhar para o que se passava ao
lado da nave, e Dom Aloísio chegou a dizer que “não queria saber dessas coisas”.
Os jornais, o rádio e televisão se interessaram de todas as formas pelo
avistamento, e durante alguns dias este foi o tema principal dos meios de
comunicação no Brasil.
Em pouco tempo, no entanto, começaram a surgir os desmentidos: o comandante
estava enganado, o objeto era o planeta Vênus, todos confundiram um simples
reflexo com o objeto. O comandante Britto, porém, jamais negou nada do que havia
dito: para ele, um piloto experiente e sereno – o voo 169 foi seguido por um
UFO.
Leia mais em: https://arquivoufo.com.br/2016/10/26/o-estranho-caso-do-voo-169-da-vasp/
https://arquivoufo.com.br/2016/10/26/o-estranho-caso-do-voo-169-da-vasp/
Nenhum comentário:
Postar um comentário