DA
REDAÇÃO08/02/2017 17:21 - Atualizado em 08/02/2017 18:01
Os monumentos no Brasil (à esquerda) parecem fases iniciais em Stonehenge, em
Wiltshire (à direita), afirmam especialistas Crédito: Salman Kahn e José Iriarte
- Fotos: SALMAN KAHN AND JOSÉ IRIARTE / EXETER UNIVERSITY
Os misteriosos círculos de pedra, achados em Wiltshire, na Inglaterra,
intrigam arqueólogos há séculos. Stonehenge começou a ser construído por volta
de 3.000 a.C. por homens pré-históricos do período neolítico – também conhecido
como Idade da Pedra Polida. Mas, até hoje, cientistas questionam a função dessas
ruínas. Apesar de famoso, o monumento não é único. Uma característica muito
peculiar da construção são os círculos que a delimitam. Eles têm cerca de 98
metros de diâmetro e seriam uma espécie de fosso.
E diversos círculos semelhantes já foram descobertos pelo mundo – inclusive no
Brasil, no interior do Acre. Desta vez, porém, pesquisadores encontraram
vestígios na Floresta Amazônica. E não é apenas um, mas 450 círculos. As imagens
foram feitas com a ajuda de drones e mostram geoglifos [desenhos feitos na
terra] na região oeste da Amazônia – área que, durante séculos, ficou escondida
pelas árvores.
Os notáveis geoglifos, descobertos recentemente no Acre, ficaram por muito
tempo escondidos sob a copa das árvores da Floresta Amazônica, mas o
desmatamento nos anos últimos anos revelou as misteriosas figuras. De acordo com
estudo realizado pela arqueóloga Jennifer Watling, da Universidade de Exeter,
as formas são parecidas com a de Stonehenge, embora sejam mais regulares. Em
entrevista ao Telegraph,
Watling explicou que o formato dos geoglifos, com uma vala externa, descreve
estrutura semelhante ao monumento.
Formas dos misteriosos círculos são parecidas com a de Stonehenge, embora
sejam mais regulares - Foto: Reprodução/Twitter
“É provável que fossem usados para reuniões públicas ou para rituais.” Stonehenge
é cerca de 2.500 anos mais velho do que os geoglifos brasileiros, mas todos
devem representar o mesmo período no desenvolvimento social. Pesquisadores
também descartaram a possibilidade de os cercos representarem fronteiras de
aldeias indígenas, uma vez que não foram encontrados artefatos do tipo durante a
escavação.
Os
membros da equipe utilizaram técnicas que permitiram reconstruir 6.000 anos de
história da vegetação em torno de dois sítios, e descobriram que as áreas
foram alteradas inúmeras vezes.
A descoberta, publicada na revista Proceedings da National Academy of
Sciences, questiona a suposição de que a floresta tropical permaneceu intocada
até a chegada da civilização moderna. “A região ficou escondida por muitos
séculos por uma floresta madura e isso desafia a ideia de que a Amazônia é um
ecossistema imaculado”, ressaltou Watling.
Com informações do Telegraph
e da Superinteressante
http://m.tnonline.uol.com.br/noticias/cotidiano/67,402249,08,02,450-geoglifos-localizados-na-floresta-amazonica-intrigam-cientistas.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário