China planeja fazer cerca de 100 lançamentos espaciais em 2024 para estabelecer novo recorde
Em 2024, a China planeja lançar os primeiros foguetes transportadores Long March 6C e Long March 12
Foguete chinês Long March-2F Y12 (Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters)
(Sputnik) - A China planeja realizar cerca de 100 lançamentos espaciais em 2024, incluindo vários lançamentos inéditos, missões para a órbita da Terra e da Lua, estabelecendo um recorde para a indústria espacial do país, disse a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC) nesta segunda-feira (26).
"A indústria espacial da China planeja realizar cerca de 100 lançamentos espaciais em 2024, esperando estabelecer um novo recorde", disse a CASC em um comunicado.
A CASC afirmou que realizará 70 das 100 missões planejadas e lançará 290 espaçonaves.
Em 2024, a China planeja lançar os primeiros foguetes transportadores Long March 6C e Long March 12, enviando a estação espacial Tiangong para a órbita, bem como duas espaçonaves de carga e duas espaçonaves tripuladas.
Enquanto isso, o Programa de Exploração Lunar Chinês continuará. A China planeja lançar um satélite Queqiao e um robô lunar Chang'e 6 para realizar a primeira missão de retorno de amostras do lado escuro da Lua na história.
Em 2023, a China realizou 67 lançamentos espaciais, ficando em segundo lugar no mundo, e lançou 221 dispositivos para o espaço. Em ambos os aspectos, a China estabeleceu recordes no ano passado.
‘Cofre do Armagedom’: o imponente e impenetrável Banco Mundial de Sementes em Svalbard, na Noruega
Quase tudo que se planta e se colhe ao redor do planeta está lá no
cofre subterrâneo, embaixo do gelo, à temperatura de cerca de -18º C.
São sementes idênticas às que os países de origem guardam nos seus
respectivos territórios. É na gelada Noruega, terra dos vikings e dos
fiordes, que foi criado um bunker para um banco mundial de sementes, o Svalbard Global Seed Vault (ou Silo Global de Sementes de Svalbard).
‘Cofre do Armagedom’: o imponente e impenetrável Banco Mundial de Sementes na Noruega
Atualmente, estão armazenadas lá cerca de 1,2 milhão de amostras de sementes,
vindas de quase todos os países do planeta, mas o local tem capacidade
para 4,5 milhões de variedades de culturas. Cada pacote possui, em
média, 500 sementes. O objetivo, segundo o site oficial, é guardar toda
essa “coleção” para “garantir a base do nosso futuro alimentar”.
Quase tudo que se planta e se colhe ao redor do planeta está lá. São
sementes idênticas às que os países guardam nos seus respectivos
territórios. O local, com arquitetura à prova de catástrofes, imponente e
enigmática, foi cenário da série “Noite Adentro” (2020/Netflix), quando
um grupo, diante de uma catástrofe mundial, viaja para lá na
expectativa de encontrar comida.
Também chamado de “arca de Noé dos vegetais”, “cofre do apocalipse”,
“nações unidas das sementes”, “congelador mais importante do mundo” ou “plano B da humanidade”, o banco mundial de sementes é uma construção com ar futurista e jeitão de bunker, tudo no meio do gelo.
Tem semente brasileira lá? Sim, e muitas! Afinal
somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Tem sementes de
vários tipos de arroz, feijão, caju, maracujá, sementes forrageiras
(para alimentação animal).
“Nós já mandamos mais de 5.000 amostras”, diz Juliano Gomes Pádua,
supervisor do Banco Genético de sementes da Embrapa. A primeira remessa
foi em 2012 e a mais recente em 2022.
“E esse ano estão indo mais amostras. A gente vai mandar em meados do
ano para chegar lá e pegar a abertura de outubro. O banco abre apenas
três vezes no ano”, explica Juliano em entrevista ao g1. “A gente vai mandar milho, arroz, feijão, trevo, que serve para alimentação animal…”
Há outras sementes da América Latina: amostras de milho e feijão da
Venezuela; de café da Colômbia; e de arroz da Guatemala e da Bolívia.
Por que guardar sementes? Desastres e guerras são
algumas preocupações, mas não as únicas. As mudanças climáticas também
vão exigir que as plantas se adaptem a mudanças extremas de temperatura,
como falta de chuva ou chuva em excesso. Além disso há, ainda, a
preocupação de armazenamento adequado e em temperaturas corretas, algo
que nem sempre pode ser feito no país de origem das sementes.
Como as sementes são guardadas? Elas são fechadas em
embalagens personalizadas de três camadas, que são lacradas dentro de
caixas e armazenadas em prateleiras dentro do chamado cofre de sementes.
Os baixos níveis de temperatura de menos -18° C e umidade dentro do Svalbard Global Seed Vault garantem baixa atividade metabólica, mantendo as sementes viáveis por longos períodos.
Por quanto tempo elas podem sobreviver? A resposta
depende da espécie e de como é tratada a semente. O trigo pode ficar
fértil por mais de mil anos. Já a alface, por exemplo, não dura mais que
50 anos.
Quem mantém o local? O Svalbard Global Seed Vault é
de propriedade da Noruega e gerido em parceria entre o Ministério da
Agricultura e Alimentação norueguês, o banco genético regional NordGen e
o Crop Trust. Ele foi inaugurado em 2008. Nenhum país precisa pagar
para manter sementes lá. Nações europeias bancaram a construção, mas o consenso é que ninguém é oficialmente dono do local.
Por que o cofre é localizado em Svalbard ?
É remoto, mas acessível;
É geologicamente estável;
Está acima do nível do mar, protegido de inundações oceânicas (uma preocupação crescente com o avanço das mudanças climáticas);
Por ser um local muito frio, já oferece um congelamento natural, o que é mais econômico;
É a prova de desastres como terremotos e inundações.
É possível visitar o local? Presencialmente… Não.
Mas é possível fazer uma visita virtual pelo site. E o g1 o visitou. É
uma construção retangular “de pé”. Por dentro, há um longo túnel que
termina com uma porta “secreta” (antes dela, é preciso passar por outras
cinco). É depois dessa última porta, trancada com chave, que as sementes ficam armazenadas em caixas etiquetadas.
Por lá, não há nenhum conflito diplomático: sementes da Rússia estão
bem colocadas ao lado da caixa com sementes da Ucrânia, por exemplo.
Alguém pode tirar as sementes de lá? Sim. As caixas
com as sementes são armazenadas em “condições de caixa preta”, como
explicado no site. Os países depositantes são os únicos que podem
retirar as suas próprias sementes. Quando as sementes são depositadas
lá, a sua propriedade legal não é transferida. Isto significa que um
depositante que opte por armazenar sementes no cofre de sementes ainda é
o proprietário delas e o único que pode retirá-las do local.
Como funciona?
O Cofre de Sementes é a melhor apólice de seguro para o abastecimento
alimentar mundial, garantindo milhões de sementes que representam todas
as variedades de culturas importantes disponíveis no mundo hoje e
oferecendo opções para as gerações futuras superarem os desafios das
alterações climáticas, desastres naturais e do crescimento populacional.
Uma temperatura de -18°C é necessária para um armazenamento ideal das
sementes. O terreno permafrost e a rocha espessa garantem que as
amostras de sementes permanecerão congeladas mesmo sem energia.
As sementes são lacradas em embalagens personalizadas de três camadas,
que são lacradas dentro de caixas e armazenadas em prateleiras dentro do
Cofre de Sementes. Os baixos níveis de temperatura e umidade dentro do
Seed Vault garantem baixa atividade metabólica, mantendo as sementes
viáveis por longos períodos de tempo.
O Svalbard Global Seed Vault tem capacidade para armazenar 4,5
milhões de variedades de culturas. Cada pacote de sementes consiste em
uma média de 500 sementes, portanto, um máximo de 2,5 bilhões de
sementes podem ser armazenadas no Cofre Mundial de Sementes.
China Mobile lança o primeiro satélite de teste 6G do mundo
Satélites de órbita terrestre baixa podem abordar lacunas de
cobertura de sinal de telecomunicações, fornecendo internet via satélite
de maior largura de banda globalmente
(Foto: China Daily)
China Daily –
A China Mobile, maior operadora de telecomunicações do mundo por número
de assinantes móveis, lançou com sucesso o primeiro satélite do mundo
para testar a arquitetura 6G em 3 de fevereiro.
O satélite de teste em órbita terrestre baixa é o primeiro do mundo a
empregar a arquitetura de design 6G e foi lançado no último sábado
junto com outro satélite que vem com a tecnologia 5G da China Mobile.
O satélite de teste 6G hospeda uma arquitetura autônoma distribuída
para 6G, que foi desenvolvida conjuntamente pela China Mobile e pela
Academia Chinesa de Ciências da Inovação para Microsatélites. O sistema,
utilizando software e hardware domésticos, suporta reconstrução de
software em órbita, implantação flexível de funções de rede central e
gestão automatizada, aumentando a eficiência e confiabilidade da
operação em órbita da rede central do satélite, disse a China Mobile.
Configurados a uma altura de órbita de aproximadamente 500
quilômetros, esses satélites experimentais oferecem vantagens como baixa
latência e altas taxas de transferência de dados em comparação com
satélites de alta órbita, que viajam a 36.000 quilômetros.
Posicionados como uma plataforma crucial para futuras redes
integradas espaço e terra, os satélites de órbita terrestre baixa podem
abordar lacunas de cobertura de sinal de telecomunicações em redes
móveis terrestres, fornecendo serviços de internet via satélite de maior
largura de banda globalmente, de acordo com a China Mobile.
A China Mobile disse que planeja conduzir experimentos em órbita com
base nesses satélites de teste, acelerando a integração e
desenvolvimento das indústrias de tecnologia espaço-terra.
China planeja lançar dois satélites de teste em órbita lunar
O governo do país asiático pretende validar novas tecnologias
incluindo calibrações de navegação e transmissões de sinais de alta
confiabilidade
Xinhua - A
China está projetada para lançar dois satélites de teste em órbita lunar
para estabelecer uma comunicação entre a Lua e a Terra.
Os satélites gêmeos, pesando 61 kg e 15 kg respectivamente, voarão em
formação na órbita ao redor da Lua para validar novas tecnologias,
incluindo calibrações de navegação e transmissões de sinais de alta
confiabilidade, de acordo com um comunicado de imprensa do Laboratório
de Exploração do Espaço Profundo no sábado.
Os satélites serão lançados na órbita de transferência Terra-Lua,
juntamente com o Queqiao-2, um satélite retransmissor para comunicações
entre o lado oculto da Lua e a Terra. Em seguida, os dois satélites
sofrerão uma frenagem próxima à Lua e entrarão em uma órbita lunar
elíptica.
Queqiao-2, com lançamento previsto para o primeiro semestre deste
ano, servirá como plataforma de retransmissão para a quarta fase do
programa de exploração lunar da China, fornecendo serviços de
comunicações para Chang'e-4, Chang'e-6, Chang'e -7 e Chang'e-8.
Oleg Kononenko está em sua quinta missão na plataforma orbital.
Seu retorno à Terra é previsto para o dia 23 de setembro, quando ele
terá ficado no total 1.110 dias no espaço
DW - O
cosmonauta russo Oleg Kononenko, 59, estabeleceu neste domingo (4) um
novo recorde de permanência no espaço sideral, ao superar a marca de 878
dias, 11 horas, 29 minutos e 48 segundos de seu antecessor, o russo
Guennady Padalka.
Kononenko, que está na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla
em inglês) desde setembro, quebrou o recorde às 5h30min08s (horário de
Brasília).