Por Douglas Ciriaco | 24 de Junho de 2020 às 12h10
O dia 24 de junho significa alguma coisa para você? Bom, se você é católico ou mais ligado em uma das mais tradicionais festas brasileiras, deve saber que hoje é comemorado o Dia de São João, data oficial das festas juninas por todo o país. Porém, este dia guarda outra celebração, algo mais oculto e até mesmo um tanto tenebroso: o Dia Mundial do Disco Voador.
Isso mesmo, todo dia 24 de junho marca a principal celebração do ano de um ufologista, nome dado a quem estuda a existência de UFOs, sigla em inglês para Unidentified Flying Object — ou, em bom português, OVNI: acrônimo de Objeto Voador Não Identificado.
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Muita gente relata ter tido contato visual com supostas espaçonaves que trariam alienígenas para a Terra. Estes veículos teriam o formato de um disco — daí o nome disco voador —, mas nunca houve qualquer comprovação exata de que algo do tipo tenha sobrevoado o espaço aéreo de nosso planeta. É comum que objetos inicialmente não identificados sejam depois confirmados como um avião, um balão meteorológico ou apenas o brilho de uma estrela, enfim, algo plausível e nada misterioso. Há, porém, casos que intrigam até mesmo os mais céticos, e é exatamente um desses que deu origem ao Dia Mundial do Disco Voador.
Caso Kenneth Arnold
Kenneth Arnold e o disco voador. (Foto: McClure's Magazine)Em 24 de junho de 1947, o aviador Kenneth Arnold voava próximo ao Monte Rainier, no estado de Washington, nos Estados Unidos, quando avistou nove objetos estranhos voando pela região. Ele havia feito um desvio de sua rota original, pois havia uma recompensa para quem encontrasse os destroços de um avião caído naquela região.
Após desistir das buscas e iniciar a retomada de seu trajeto, Arnold foi surpreendido com um ponto de claridade que, de acordo com o seu relato, se movia a cerca de 40 km de distância de sua aeronave. Como o céu estava limpo, ele inicialmente pensou que pudesse ser apenas algum reflexo na janela de seu veículo, hipótese logo descartada após alguns testes simples.
Meio minuto após o primeiro reflexo, como se a luz do sol estivesse sendo refletida em sua direção por meio de espelhos, ele avistou uma série de outras luzes se movendo rapidamente ao norte do Monte Rainier.
Velocidade supersônica e formato de disco
A curiosidade sobre o que acabara de ver levou Arnold a mudar novamente sua rota e, de longe, refazer o trajeto desenhado no céu pelos objetos voadores não identificados. Ao descer o avião, ele pôde calcular uma estimativa do trajeto percorrido pelos OVNIs e do tempo gasto para fazer isso. O resultado foi uma velocidade média impressionante de 2.700 km/h, algo inimaginável para qualquer aeronave em 1947.
Além da velocidade supersônica, chamou a atenção de Arnold a forma como voavam tais objetos. Em declaração a Nolan Skiff e William C. Bequette, do jornal East Oregonian, o piloto havia dito que os veículos voavam “como um prato atirado pela superfície da água”.
Segundo o aviador declarou mais tarde, ele nunca se referiu ao formato dos objetos como “pratos” ou “discos”, porém, a sua descrição levou Bequette e Skiff a cunharem o termo “disco voador” pela primeira vez na história — daí o fato de se celebrar o dia 24 de junho como o Dia Mundial do Disco Voador.
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Visitantes de outro planeta?
Nas semanas e meses seguintes ao evento, Arnold deu uma série de entrevistas à imprensa dos Estados Unidos. Em uma conversa com o jornal Chicago Times, no dia 7 de julho de 1947, o aviador fala sobre a possibilidade de aqueles discos terem sido guiados por seres de outro planeta.
Reportagem do Chicago Times sobre o suposto avistamente de Kenneth Arnold. (Foto: Reprodução/Roswell Proof)
A reportagem relatava o seguinte:
“Arnold, ao levantar a possibilidade de esses discos serem de outro planeta, disse, indiferente com as suas origens, que eles aparentemente voavam até a algum destino acessível. […] Ele disse que os discos estavam fazendo voltas tão abruptas próximos ao pico do monte que seria impossível para pilotos humanos terem sobrevivido à pressão [de dentro do disco]. Então, ele também acredita que eles estavam sendo controlados de qualquer outro lugar, independente de ser de Marte, Vênus ou do nosso próprio planeta”.
Em uma série de outras entrevistas, Arnold deixa clara a sua posição de que dificilmente aqueles objetos voadores pertenciam ao exército dos Estados Unidos ou ao de qualquer outro país, reafirmando a ideia de que provavelmente sua origem era extraterrestre. Ele, inclusive, clamou por inúmeras vezes que as Forças Armadas do país norte-americano se posicionassem a fim de esclarecer tais dúvidas, mas isso nunca aconteceu.
Depois deste fato, uma série de outros relatos sobre avistamentos de objetos voadores não identificados começou a surgir. Há, inclusive, uma revelação feita pelo garimpeiro Fred Johnson, que afirmava ter visto seis objetos voadores no dia 24 de junho de 1947. Tais objetos seriam parte do grupo de nove, visualizado por Kenneth Arnold.
Com informações de: Roswell Proof, The Desert News, Ceticismo Aberto, Saturday Night Uforia
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