O céu é para todos: reunimos 20 dicas para você dar os primeiros
passos
15/03/2017 -
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(FOTO: THOMÁS ARTHUZI)
Graças a
Carl
Sagan, a astronomia chegou de modo didático no lar de milhares de pessoas ao
redor do mundo. Leia nosso especial sobre a vida do mestre,
clicando
aqui. Inspirada nele, a GALILEU criou este guia que dá um panorama geral do
que você precisa fazer e conhecer para dar os primeiros passos.
Mas antes de
começar a ler as dicas numeradas abaixo, decore os nomes das coordenadas
astronômicasusadas para determinar a posição dos astros. Astrônomos não dizem,
por exemplo, “olhe para cima”. Dizem “olhe para o zênite”.
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diz filha de Sagan
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
ZênitePonto do céu acima da cabeça do
observador
NadirPonto do céu na direção oposta à do zênite
EclípticaCírculo imaginário que representa a
trajetória aparente do Sol e dos planetas na esfera celeste durante o ano.
SISTEMA EQUATORIAL CELESTEUsado no mundo todo.
Suas duas coordenadas, ascensão reta (ar) e declinação (dec), têm a mesma função
que a latitude e a longitude no globo terrestre: a combinação das duas é o
"endereço" do astro na esfera celeste. Mede-se a ar em horas (de 0h a 24h) e a
dec em graus (Equador equivale a 0°, o Polo Sul, a -90°, e o Polo Norte, a
+90°).
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Ascensão RetaMedida sobre o plano do Equador
Celeste. A origem é no Ponto Vernal, que marca a posição do Sol no equinócio de
primavera do Hemisfério Norte, enquanto a extremidade encontra-se localizada na
vertical do astro.
DeclinaçãoÉ perpendicular ao Equador Celeste
(grande círculo imaginário que projeta a Linha do Equador da Terra na esfera
celeste). Medida sobre a vertical do astro, com origem no equador e extremidade
no próprio astro.
MAPA CELESTEVeja acima as constelações do
Hemisfério Sul. Astrônomos do Norte invejam a riqueza de nossos céus, com visão
privilegiada da Via Láctea.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
MOVIMENTO DIURNO DOS ASTROSAo longo do dia,
todos os astros percorrem no céu arcos paralelos ao Equador em torno do eixo
terrestre, no sentido leste-oeste (oposto ao da rotação da Terra). Note como os
arcos mudam bastante de acordo com a latitude do observador no planeta.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Observador no equadorTodas as estrelas nascem e
se põem (intervalo de 12 horas) em arcos perpendiculares ao horizonte.
Constelações dos dois hemisférios visíveis no céu ao longo do ano.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Nos polosNenhuma estrela nasce ou se põe: elas
permanecem 24 horas visíveis. Descrevem círculos paralelos ao horizonte e as
estrelas do outro hemisfério não aparecem nunca.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Em latitude intermediáriaCertas estrelas nascem
e se põem. Algumas ficam 24 horas acima do horizonte; outras, abaixo. Percorrem
arcos no céu com certa inclinação em relação ao horizonte.
DICA Nº 1 - APRENDA A USAR UM PLANISFÉRIO
Nosso planeta orbita o Sol como um pião prestes a tombar, e é por isso que
não vemos sempre as mesmas estrelas. A inclinação de 23,5° no eixo de rotação da
Terra não apenas cria as estações do ano como também faz diferentes regiões
cósmicas transitarem acima de nossas cabeças. “Escorpião é uma constelação
típica do nosso inverno, enquanto Órion aparece no verão”, diz Maria de Fátima
Saraiva, astrofísica que adora planisférios.
O instrumento é um mapa
personalizável do céu que sempre mostra as estrelas com precisão pois se adapta
ao movimento do planeta, adequando-se à época do ano e à localização do
observador. Nada mais é do que uma projeção plana da esfera celeste com os dias
e meses marcados ao redor.
Mas a mágica só acontece ao sobrepor uma máscara com a latitude (distância em
graus até a Linha do Equador) de sua cidade, que marque as horas do dia e
delimite a janela de céu visível para você. Afinal, a noite estrelada que se
observa em Belém do Pará é bem diferente da de Porto Alegre. “Quem mora no
Equador vê a mesma quantidade de céu dos hemisférios Sul e Norte”, explica
Saraiva.
Saraiva coordenou na UFRGS o projeto de um planisfério para cada região do
Brasil.
Neste link, é possível imprimir os
mapas e as máscaras e conferir as instruções de montagem. “Montando o
instrumento, cria-se uma relação afetiva com ele.”
DICA Nº 2 - COMO OBSERVAR SATÉLITES A OLHO NU
Na década de 1990, a Motorola criou uma constelação (sim, o termo é este
mesmo) de 66 satélites para fornecer sinal de celular em todo o planeta. Só que
uma década antes do iPhone, quase ninguém tinha celular — o projeto Iridium
fracassou no mercado. Não na astronomia. Quando passam no ângulo certo, esses
satélites refletem tanta luz solar que se tornam um dos objetos mais brilhantes
do céu noturno, com brilho quase duas vezes mais intenso que o de Vênus.
“Em termos de distância espacial, eles estão muito próximos de nós”, afirma o
astrônomo Marcelo De Cicco, pesquisador do Inmetro. Grandes objetos metálicos
como a ISS e o Hubble também podem ser avistados a olho nu. O brilho não oscila
como o das estrelas e lembra um pouco o de um avião, mas sem as luzes
coloridas. “Eles aparecem como uma bolinha de brilho estável em trajetória
retilínea.” Informe-se sobre a passagem de todos esses satélites pelos céus de
sua cidade no site
Heavens Above. O
Spot the Station, da
NASA,
monitora a ISS.
DICA Nº 3 - O QUE SÃO AS SUPERLUAS
Gloriosas imperfeições estão por toda parte no delicado arranjo da mecânica
celeste. Um exemplo é o que ocorre cerca de seis vezes ao ano pelo fato de a
órbita da Lua em torno da Terra ser levemente elíptica, e não um círculo
perfeito: há momentos em que ela está mais perto que a distância média de 384
mil quilômetros.
Quando coincide com a Lua Cheia ou com a Lua Nova, temos, no jargão
astronômico, uma “lua do perigeu-sizígia”. São as famosas superluas. Nessas
ocasiões, a Lua Cheia tem um diâmetro aparente 14% maior e um brilho 30% mais
intenso do que teria no ponto mais distante. “Claro que impressiona mais quando
é Cheia, mas a Nova também é importante”, diz o astrônomo Roberto Costa, do
IAG-USP. “Ambas provocam marés mais altas, o que pode ser relevante para as
atividades dos pescadores.” Superluas são bons momentos para levar o binóculo a
um lugar alto e escuro para admirar as crateras lunares.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
DICA Nº 4 - LOCALIZE OS ASTROS NO CÉU
O
Star
chart é um dos apps mais famosos para explorar o céu noturno e descobrir o
nome dos astros em realidade aumentada. Todas as 88 constelações e os oito
planetas do
Sistema Solarestão incluídos no catálogo, que conta
com 120 mil estrelas de ambos os hemisférios, além de 110 objetos de céu
profundo. Avance ou volte 10 mil anos no tempo. Ative o modo noturno para que a
vista não fique ofuscada.
DICA Nº 5 - IDENTIFIQUE ESTRELAS NOTÁVEIS
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
SiriusConstelação: Cão Maior
Distância: 8,6
anos-luz
Magnitude aparente: -1,46
Ascensão reta: 6h 45m 9s
Declinação:
-16° 42' 58"
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
CanopusConstelação: Carina
Distância: 313
anos-luz
Magnitude aparente: -0,72
Ascensão reta: 6h 23m
57s
Declinação: -52° 41' 45"
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Alpha CentauriConstelação: Centauro
Distância: 4,3
anos-luz
Magnitude aparente: -0,27
Ascensão reta: 14h 39m
37s
Declinação: -60° 50' 2''
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
AntaresConstelação: Escorpião
Distância: 520
anos-luz
Magnitude aparente: 0,96
Ascensão reta: 16h 29m
24s
Declinação: -26° 25' 55''
DICA Nº 6 – BINÓCULOS OU TELESCÓPIOS?
Adquirir produtos astronômicos no Brasil é missão quase impossível. “Enquanto
no exterior com us$ 300 se compra um belo instrumento, aqui ele sai por R$ 3
mil”, diz Marcelo De Cicco. O jeito é pedir para alguém trazer dos eua, ou
recorrer ao mercado de usados. As principais lojas são de e-commerce, como a
Casa do Astrônomo e a Astroshop, representante de duas marcas conceituadas:
Celestron e Orion.
Recomendam-se binóculos aos iniciantes, mas De Cicco diz que lunetas ou
telescópios com qualidade ótica e abertura entre 70 mm e 150 mm também são uma
boa. Mas não mais do que isso. “Se o entusiasta investe em equipamento avançado
sem conhecer o céu, acaba tendo a impressão de que a astronomia é chata e
difícil.” Contra isso, ele tem uma dica infalível: começar pelo charme do
planeta dos anéis. “O primeiro Saturno a gente nunca esquece — é uma gracinha.”
BEM-ACABADO E COM ENTRADA PARA TRIPÉ, O BINÓCULO CELESTRON
UPCLOSE É IDEAL PARA OBSERVAR A LUA, AGLOMERADOS ESTELARES, GALÁXIAS E TAMBÉM
NEBULOSAS. PRÁTICO E POTENTE, O TELESCÓPIO ORION SKYSCANNER POSSUI SUPORTE
GIRATÓRIO PARA APOIAR EM MESAS. ESTUDE DETALHES DO RELEVO LUNAR E OS PLANETAS
Binóculo Celestron Upclose 10X50 • Ampliação: 10 vezes • Abertura: 50 mm •
Peso: 765 g • Campo de visão angular: 6,8° • R$ 389,20 • gerilu.com.br
Telescópio Orion Skyscanner 100 mm • Tipo: Refletor • Ampliação: 40x-200x
Abertura: 100 mm • Peso: 2,8 kg • Distância focal: 400 mm • US$ 300/R$ 1.026 •
optcorp.com
SEM PICARETAGEMAberturas e ampliações realistas para
fugir de ciladas
DICA Nº 7 - COMO ESCOLHER SEU INSTRUMENTO
Binóculos“Binos” para os íntimos, são ótimos para se
familiarizar com as estrelas. O mais indicado para iniciar é o modelo com
ampliação de 7 vezes e abertura de 50 mm (7x50), que permite observações
incríveis da Lua, de galáxias e de aglomerados estelares. Como o tremor dos
braços é um problema, invista em um bom tripé.
TelescópioNão caia no conto das ampliações milagrosas de
500 ou mil vezes: costumam ser má-fé ou ótica duvidosa que gerará aberrações
cromáticas e deformações. Evite lunetas com abertura de 50 ou 60 mm. “Não dá
para ver nada, só a Lua e a vizinha”, brinca Julio Lobo, do Observatório
Municipal de Campinas.
DICA Nº 8 - PARA ONDE APONTAR AS LENTES
Galileu
Galilei ergueu a pequena luneta com 30 mm de abertura em direção às estrelas
em 1609 — e mudou para sempre nosso entendimento. Notou crateras na Lua e
concluiu que ela não era perfeita como as coisas do céu deveriam ser. Estudando
Vênus e Júpiter, fez descobertas contrárias à tradição geocêntrica. “Essas
observações podem ser repetidas com qualquer pequeno telescópio de 50 mm e
ampliação de 20x”, diz Roberto Costa.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Luas de JúpiterAs quatro maiores luas de Júpiter
pareciam meras estrelinhas na luneta de Galileu. Mas observações sistemáticas
revelaram que Io, Calisto, Ganímedes e Europa orbitavam o gigante gasoso. O
geocentrismo ia perdendo sentido. Encontrá-las é uma experiência emocionante,
possível até com binóculos.
Fases de VênusDescobrir que Vênus tinha fases como a Lua
foi um choque para a Europa seiscentista. “É impossível explicar isso supondo
que o Sol gira em torno da Terra”, afirma Costa. O fenômeno ocorre pois a órbita
venusiana é mais interna: conforme a posição, vemos o disco de Vênus iluminado
ou sombreado.
DICA Nº 9 - TENHA SEU PRÓPRIO PLANETÁRIO
O
Stellarium é o
programa dos sonhos para qualquer um que ame astronomia. Com código aberto,
mostra um céu tão realista que tem sido usado em planetários. Conta com catálogo
de 600 mil estrelas e zoom poderoso para “viajar” até os astros, que têm fichas
técnicas. Aplique datas passadas ou futuras e explore céus de outros lugares do
Sistema Solar. “Programe a hora em que vai ver o céu e imprima para poder
estudar as estrelas mais brilhantes e as constelações usando uma pequena
lanterna com filtro vermelho, para não ofuscar a visão”, sugere o astrônomo
Julio Lobo.
DICA Nº 10 – OBSERVE NEBULOSAS
Nuvens interestelares de poeira e gás ionizado, as nebulosas estão entre os
objetos mais interessantes para observar — e o céu do Hemisfério Sul abriga
espécimes notáveis. Um dos destaques é a nebulosa escura do Saco de Carvão,
formada por moléculas e grandes grãos de poeira que bloqueiam a luz que vem de
trás. Daí o negror. Próxima à constelação do Cruzeiro do Sul, é facilmente
visível a olho nu ou com instrumentos de baixa ampliação. Outra prata da casa é
a nebulosa de Carina, berçário de aglomerados estelares que iluminam o material
ao redor.
“Por apresentar estrutura versátil, é um belo objeto a ser
observado com binóculos, mas através de telescópios apresenta características
ainda mais belas”, diz Marcelo De Cicco. Aproveite o verão para contemplar outro
esplendor, pouco abaixo das Três Marias: a Grande Nebulosa de Órion. Visível a
olho nu, é um objeto famoso. “Permite que se usem ampliações mais altas, mesmo
com aberturas pequenas.”
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Saco de carvãoConstelação: Cruzeiro do Sul
Distância:
600 anos-luz
Ascensão reta: 12h 50m 0s
Declinação: -62° 30' 0''
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Carina (NGC 3372)Constelação: Carina
Distância: 7,5
mil anos-luz
Ascensão reta: 10h 45m 8s
Declinação: -59° 52' 4''
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Órion (M42)Constelação: Órion
Distância: 1,5 mil
anos-luz
Ascensão reta: 5h 35m 17s
Declinação: -5° 23' 28'''
DICA Nº 11 - ENCONTRE CÉUS ESCUROS
As luzes das cidades impedem que 62% dos brasileiros contemplem a Via Láctea.
Pouca coisa além dos astros mais brilhantes como Vênus e a estrela Sirius são
visíveis em lugares como São Paulo. “Um bom local para contemplar o céu precisa
ser alto, longe de áreas urbanas e de parques industriais com atmosfera
poluída”, destaca Saulo Gargaglioni, especialista do Laboratório Nacional de
Astrofísica que também indica noites de inverno e sem luar. Estudos apontam que
a poluição luminosa ainda prejudica o metabolismo de animais e vegetais.
CINCO ESTRELASCidades brasileiras que se destacam pelo
céu estrelado
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
O LADO SOMBRIO DA FORÇAPostes ineficientes projetam luz
para todos os lados, agravam a poluição luminosa e desperdiçam energia
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
DICA Nº 12 - VEJA UMA ESTRELA CADENTE
Chuvas da meteoros são formadas quando a Terra cruza com detritos de cometas
ou de asteroides: eles viram estrelas cadentes ao entrar na atmosfera. “Pegue um
chocolate quente, um cobertor, ligue o som e aprecie o céu”, sugere De Cicco.
As chuvas de meteoros mais intensas no Brasil em 2017
DICA Nº 13 – CONTEMPLE GALÁXIAS
Ver uma galáxia é emocionante. A vizinha Andrômeda aparece como um pontinho
esfumaçado nos céus do Norte, ao contrário das Nuvens de Magalhães, vistas só do
Hemisfério Sul. “São pequenos satélites da Via Láctea e têm mais ou menos o
tamanho da Lua Cheia, pois estão relativamente próximas”, diz Roberto Costa.
Aberturas de 80 mm revelam detalhes como a Nebulosa da Tarântula.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Grande NuvemConstelação: Dourado
Estrelas: 30
bilhões
Distância: 163 mil anos-luz
Magnitude: 0,9
Ascensão reta: 5h
23m 34s
Declinação: -69° 45’ 22”
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Pequena Nuvem Constelação: Tucana
Estrelas: 3
bilhões
Distância: 200 mil anos-luz
Magnitude: 2,7
Ascensão reta: 0h
52m 44s
Declinação: −72° 49' 43''”
DICA Nº 14 - MEÇA A POLUIÇÃO LUMINOSA
O
Dark Sky Meter utiliza a câmera
do celular para avaliar a qualidade do céu noturno, indicando os objetos
visíveis naquele grau de poluição luminosa e quantificando quão poluído está o
firmamento. Oferece a possibilidade de enviar os dados para a International
Dark--Sky Association, órgão que luta no mundo todo pela preservação da noite
escura e estrelada.
DICA Nº 15 – ENXERGUE MAIS LONGE
Binóculo Orion Giant - Maior binóculo da Orion, pode até
ter duas lentes, mas é potente como um telescópio. O foco é ajustado em cada
ocular, o que permite enxergar melhor os detalhes do objeto. Telescópio
Celestron Omni - Montagem equatorial inclusa otimiza a observação de objetos de
céu profundo ou do Sistema Solar. Revestimento especial transmite até 97,4% da
luz, gerando imagens mais nítidas
Montagem equatorial inclusa otimiza a observação de objetos de céu profundo
ou do Sistema Solar. Revestimento especial transmite até 97,4% da luz, gerando
imagens mais nítidas
Binóculo Orion Giant View 25x100 • Ampliação: 25 vezes • Abertura: 100 mm •
Peso: 4,5 kg • Campo de visão angular: 2,5° • R$ 4.370 • casadoastronomo.com.br
Telescópio Celestron Omni Xlt 150 • Tipo: Refrator • Ampliação: 30x-354x •
Abertura: 150 mm • Peso: 22,4 kg • Distância focal: 750 mm • US$ 2.250,09/R$
7.698,49 • bhphotovideo.com
DICA Nº 16 - VISITE OBSERVATÓRIOS E PLANETÁRIOS
(ILUSTRAÇÃO: GREGORY SUJKOWSKI)
ALObservatório Genival Leite Lima
Av. Fernandes Lima,
s/nº, Maceió
Terças, quintas e sábados, 19h30 às 22h
Gratuito
APPlanetário Móvel Maywaka
Museu Sacaca — Av.
Feliciano Coelho, 1.509, Macapá
Sábados, 14h às 17h
Gratuito
BAObservatório Antares
UEFS — R. da Barra, 925, Feira
de Santana
Terças e quintas, 18h às 21h
Gratuito
CEPlanetário Rubens de Azevedo
Centro Dragão do Mar —
R. Dragão do Mar, 81, Fortaleza
Sextas a domingos, sessões às 18h e 19h
R$
10
DFObservatório da UnB
Fazenda Água Limpa, Vargem
Bonita, Quadra 17, Brasília
Segunda a sábado, 8h às 18h
(agendamento)
Gratuito
GOPlanetário da UFG
UFG — Av. Contorno, 900,
Goiânia
Aos domingos, às 15h30 e 17h
R$ 6
MAPlanetário Móvel da
Secti
Itinerante
Informações: planetario@secti.ma.gov.br
Gratuito
MSClube de Astronomia Carl Sagan
Casa da Ciência UFMS
— Cidade Universitária, Campo Grande
Sextas, 19h. Infos:
cacarlsagan@gmail.com
Gratuito
MGObservatório do Pico dos Dias
Laboratório Nacional
de Astrofísica — Bom Sucesso, Brazópolis
Agendamento:
gcapistrano@lna.br
Gratuito
PACentro de Ciências e Planetário do Pará
UEPA — Av.
Augusto Montenegro, Km 3, Belém
Sábados, às 16h e 17h
R$ 5
PBPlanetário da FUNESC
R. Abdias Gomes de Almeida,
800, João Pessoa
Sábados e domingos, às 17h
R$ 4
PRObservatório Prof. Leonel Moro
Bairro rural de
Juruquí, Campo Magro
Primeiros sábados dos meses, 20h às 23h
Gratuito
PEObservatório do Alto da Sé
Rua Bispo Coutinho,
s/nº, Olinda
Terças a domingos, 16h às 20h
Gratuito
RJObservatório do Valongo
UFRJ — Ladeira Pedro
Antônio, 43, Rio de Janeiro
Quartas, 18h às 21h
Gratuito
Planetário da Gávea
R. Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Rio de
Janeiro
Sábados, domingos e feriados,
14h30 às 17h
R$ 26
RNPlanetário de Parnamirim
Pq. Aluízio Alves — Av.
Castor Vieira Régis, s/nº, Parnamirim
Sábados, às 15h30 e 17h
R$ 4
RSObservatório da UFRGS
Av. Osvaldo Aranha, s/nº,
Porto Alegre
Terças e quintas, 19h às 22h
Gratuito
RRPlanetário Móvel da UFRR
Itinerante
Informações:
posfisica@ufrr.br
Gratuito
SCObservatório da UFSC
Campus Reitor João David
Ferreira Lima, s/nº, Florianópolis
Quartas, a partir de 19h
Gratuito
SEPlanetário da CCTECA
Pq. da Sementeira — Av. Oviêdo
Teixeira, 51, Aracaju
Terças a sextas, 9h às 12h e 14h às 17h / Sábados e
domingos, 14h às 17h
Gratuito
SPObservatório Municipal Jean Nicolini
Estr. do
Capricórnio, s/nº, Campinas
Domingos, 17h às 21h
R$ 4
Planetário Prof. Aristóteles Orsini
Parque Ibirapuera, São
Paulo
Sábados, domingos e feriados, sessões às 10h, 12h, 15h e
17h
Gratuito
DICA Nº 17 - ADMIRE AGLOMERADOS ESTELARES
Estrelas socializam como humanos. Os aglomerados podem ser abertos, como a
colorida Caixa de Joias, ou globulares, como Omega Centauri, o maior da Via
Láctea, que mais parece um vespeiro. São bem observados a olho nu, com binóculos
de 10x50 ou telescópios refratores com abertura de 75 mm a 100 mm e ampliação de
30 a 50 vezes. “Ampliações de 80x ou mais, com aberturas acima de 100 mm, podem
ser experimentadas em noites ótimas”, diz Marcelo de Cicco.
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Caixas de joiasConstelação: Cruzeiro do Sul
Estrelas:
100
Distância: 6,4 mil anos-luz
Magnitude: 4,2
Ascensão reta: 12h 53m
42s
Declinação: −60° 22' 0''
(ILUSTRAÇÃO: MARCUS PENNA)
Omega CentauriConstelação: Centauro
Estrelas: 10
milhões
Distância: 15,8 mil anos-luz
Magnitude: 3,9
Ascensão reta: 13h
26m 47s
Declinação: −47° 28' 46''
DICA Nº 18 - KIT BÁSICO DE ASTROFOTOGRAFIA
Montagem portátil se acopla no tripé da câmera. Basta
alinhá-la com o polo para que ela elimine o efeito da velocidade de rotação da
Terra e "siga" os objetos.
Canon EOS REBEL T5 + lente 18-55 mm • Resolução: 18 MP • ISO: 100-6.400 • R$
2.499,99 • loja.canon.com.br
Lente 200 mm f/2.8 • R$ 3.299,99 • loja.canon.com.br
Lente 50 MM F/1.8 • R$ 499,99 • loja.canon.com.br
Tripé Greika WT3710 • Capacidade: 2,5 kg • Peso: 1,1 kg • Altura: 0,55-1,38 m
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Vixen Polarie Star Tracker • Capacidade: 3,1 kg • Peso: 0,6 kg (sem pilhas) •
Dimensões: 95x137x58 mm Bateria: 2 pilhas AA • US$ 1.024/R$ 3.503,66 •
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DICA Nº 19 – COMO FOTOGRAFAR O COSMO
A astrofotografia é uma arte encantadora, pois promove uma conexão profunda
com o universo (veja relato do astrofotógrafo Kiko Fairbairn nas próximas
páginas). Mais versáteis, lentes fotográficas são indicadas a iniciantes:
fotografar com telescópios exige prática. Grandes-angulares abaixo de 50 mm são
boas para compor paisagens com a Via Láctea. Fairbairn sugere iso alto (entre
640 e 3.200), diafragma bem aberto (de 2.8 a 6.3), foco no infinito e uma regra
para o tempo de exposição: divida a distância focal da lente por 400. Mas como
fotos da Lua já exigem outra configuração, o jeito é pesquisar. Invista em
controle de disparo remoto e montagem equatorial.
DICA Nº 20 - O MELHOR DO CÉU EM 2017
11 de fevereiro - Eclipse parcial da LuaA Lua passa pela
penumbra da Terra e fica escurecida. Visível em todo o Brasil — pico ocorre por
volta das 22h40.
5 de maio - Pico Eta AquarídeasUma das principais chuvas
de meteoros do Hemisfério Sul. De madrugada, podem surgir até 60 meteoros por
hora.
5 de agosto - Eclipse total do SolVisível nos Estados
Unidos e parcialmente no Brasil (exceto nas regiões Sul e Sudeste), com pico por
volta das 15h30.
13 de novembro - Conjunção planetáriaAntes do amanhecer,
Vênus e Júpiter estarão muito próximos um do outro no céu (0,3°). Olhe para o
leste por volta das 5h40.
5 de dezembro - SuperluaÚnica do ano, não será das
melhores: fica cheia 17 horas antes da máxima aproximação (distância de 357,4
mil km).
Fontes: "Sistemas de Coordenadas" — Depto. de Astronomia da UFRGS (Kepler
Oliveira Filho & Maria de Fátima Saraiva; Mapa: Hoshifuru; “Planisférios
para o Brasil” — Instituto de Física da UFRGS (coordenação de Maria de Fátima
Saraiva); “The 26 Brightest Stars” (Chris Dolan); Banco de dados astronômicos
Simbad; Tabela de ampliação e abertura — Marcelo De Cicco; Constelações — “The
Constellations” (IAU); valores de entrega e impostos do telescópio calculados
pela loja OPT Telescopes para SP; cotação do dólar em 16/11 (R$ 3,42);“The New
World Atlas of Artificial Night Sky Brightness” (Science Advances), LNA; Cidades
e chuvas de meteoros: Marcelo de Cicco (Exoss Citizen Science) e ON; Sites dos
produtos, valores de entrega e impostos calculados pela loja B&H para SP;
cotação do dólar em 16/11 (R$ 3,42)
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