quinta-feira, 30 de março de 2023

Passageiro de avião filma um OVNi Tic Tac na Califórnia

 

cife.ca

Passageiro de avião filma um OVNi Tic Tac na Califórnia(Vídeo) - CIFE - Canal informativo de fontes/fenômenos Extraterrestres e Espaciais

C. Andrade

OVNi Tic Tac foi visto de um avião sobre Stratford, Califórnia (ilustração)

Um vídeo recente capturado por um passageiro de avião sobre Stratford, Connecticut, despertou interesse e debate entre entusiastas de OVNIs e céticos.

O vídeo mostra um objeto branco de formato oval voando em alta velocidade e altitude, sem asas, cauda, ​​motor ou escapamento aparentes. O objeto se assemelha aos chamados OVNIs “Tic Tac” que foram encontrados por pilotos da Marinha dos EUA em 2004 e 2015, e que ainda não foram explicados pelo governo.

Veja o vídeo abaixo

Créditos Youtube 
https://youtu.be/O5aU4Gv2zS8

A testemunha ocular declara: “No sábado, 11 de março de 2023, eu estava voando para o sul sobre o centro da Califórnia na Southwest Airlines 2463 do Aeroporto de Sacramento (SMF) para San Diego (SAN). Eu estava sentado no assento da janela, no lado esquerdo no meio do avião, logo atrás da asa esquerda.

“Na metade do nosso voo, eu estava olhando pela janela e vi um tic tac ufo à distância viajando perpendicularmente a nós. Era uma nave cilíndrica branca, sem asas, janelas, marcações ou características discerníveis. Era um cilindro branco liso sem meios visíveis de propulsão ou escape, plumas.

“Ele estava se movendo em um caminho constante. Não havia nada de notável nisso – não se movia rápido, nem pairava, apenas se movia a uma velocidade constante e logo desaparecia nas nuvens. Estava alguns graus acima do nosso avião, então em uma altitude semelhante.”

“Usei o Flight Aware e converti desta vez para Dom 12 de março, 1h58 UTC e isso colocou o avião perto de Selma, no condado de Fresno. Não havia aviões nas imediações, nem que correspondessem à orientação que o tic tac foi visto da minha janela (orientação NW em relação ao nariz do avião, que estava viajando para o sul).”

O vídeo atraiu milhares de visualizações e comentários, com algumas pessoas sugerindo que o objeto é uma espaçonave alienígena, um projeto militar secreto, um drone, um balão ou uma farsa.

O vídeo também chamou a atenção de especialistas e pesquisadores que estudam o fenômeno dos veículos aéreos não identificados (UAVs), ou OVNIs, há anos.

Eles compararam o vídeo com as imagens desclassificadas e relatos de testemunhas oculares dos incidentes do Tic Tac que ocorreram em 2004 na costa da Califórnia e em 2015 na costa da Flórida.

Em ambos os casos, os pilotos da Marinha relataram ter visto e perseguido objetos brancos e ovais semelhantes que exibiam capacidades extraordinárias de velocidade, agilidade e altitude, e que desafiavam as leis da física e da aerodinâmica.

De acordo com esses especialistas, o vídeo de Stratford é consistente com as características e comportamento dos OVNIs Tic Tac, mas não é uma evidência conclusiva de sua origem ou natureza.

Eles dizem que mais investigações e análises são necessárias para determinar se o vídeo é genuíno, se o objeto é feito pelo homem ou extraterrestre e se representa alguma ameaça ou oportunidade para a humanidade.

Eles também pedem ao governo que divulgue mais informações e dados sobre suas próprias investigações sobre esses encontros misteriosos, que devem ser incluídos em um próximo relatório ao Congresso.

O artigo pode ser encontrado no site anomalien.

Fonte:  https://cife.ca/passageiro-de-aviao-filma-um-ovni-tic-tac-na-californiavideo/?fbclid=IwAR0u5uz9vSIXsPKTMuUBKSfvBtWXTsOWLk4NjQPs8T08m8ysUwsSfs7HobQ

sábado, 18 de março de 2023

A Biblioteca de Metal da Cueva de Los Tayos • Alienigenas do Passado

 alienigenasdopassado.com.br


Na região amazônica chamada Morona Santiago há uma caverna muito profunda conhecida por Cueva de los Tayos. A caverna tem esse nome por ser moradia dos pássaros Tayos que vivem em suas profundezas.

As informações mais antigas da caverna remontam ao ano de 1860 quando o general e explorador Victor Proano enviou uma breve descrição da caverna ao então presidente do Equador, Garcia Moreno.

Mas a caverna só foi popularizada em 1973, por Erich von Daniken, em seu livro “O Ouro dos Deuses”, no qual ele escreveu sobre o pesquisador Juan Moricz que alegou ter explorado a “Cueva de los Tayos” em 1969 e descoberto um verdadeiro tesouro, objetos de ouro, prata e bronze, discos, placas e alguns capacetes, esculturas incomuns e uma incrível biblioteca metálica feita de folhas de ouro maciço com escritas hieroglíficas que ele acredita terem sido criados por uma civilização perdida com a ajuda de seres extraterrestres.

A Descoberta da Caverna

Placa com inscrições descoberta na caverna durante a expedição de Hall.

Segundo consta, Juan Moricz foi levado à entrada da caverna pelos índios Shuar, graças à amizade que mantinha com eles. Moricz acreditava que uma civilização perdida havia vivido no interior das cavernas, cuja rede de túneis subterrâneos, com diversas entradas ocultas, se espalhavam sob a América Latina inteira ligando todo o continente.

Essa crença existe na maioria das culturas indígenas do continente americano. Os índios do Equador, como os Shuaras e os Coangos, acreditam que os tuneis foram usados num passado distante por seus antepassados, permitindo assim, o contato entre os povos de terras distantes, contudo ao deixarem as cavernas para viverem sobre a terra, o conhecimento das entradas ocultas foram se perdendo.

Conforme o relato de Juan Moricz, ao adentrar determinado local da caverna, ele se deparou com diversos blocos de pedras incrustados com pedras preciosas e lâminas de ouro de tamanhos que variam de 1 a 1,5 m de comprimento e 25 a 50 cm de largura, com alguns milímetros de espessura. Nessas peças estavam gravados símbolos incomuns, que supostamente teriam sido deixados por um povo antigo e incrivelmente avançado para a época.

Juan Moricz registrou no cartório da cidade de Cuenca uma escritura na presença de várias testemunhas que confirmaram a sua incrível descoberta. A escritura afirma: “Na região oriental, província de Morona-Santiago, dentro dos limites da República do Equador, descobri preciosos objetos de grande valor cultural e histórico para a humanidade. Ela contêm, provavelmente, o resumo da história de uma civilização desaparecida da qual, até essa data, não tínhamos o menor indício. Os objetos consistem principalmente de lâminas metálicas gravadas com signos e escrituras ideográficas, verdadeira biblioteca metálica que contém a relação cronológica da história da humanidade. Tais objetos se encontram espalhados dentro das diversas cavernas e são de natureza variada”.

Em 1972, Moricz levou Erich von Daniken para conhecer uma entrada secreta e que dava acesso a um grande labirinto e este escreveu: “Todas as passagens formam ângulos retos perfeitos. Às vezes eles são estreitos, às vezes largos. As paredes são lisas e muitas vezes parecem ser polidas. Os tetos são planos e às vezes parecem cobertos por uma espécie de esmalte. Minhas dúvidas sobre a existência dos túneis subterrâneos desapareceram como por magia e me senti extremamente feliz. Moricz disse que passagens como aquelas pelas quais íamos estendiam-se por centenas de quilômetros sob o solo do Equador e do Peru”.

A Expedição

Neil Armstrong e outros membros da expedição de Hall.

Como resultado das afirmações publicadas no livro de Daniken, uma investigação da Cueva de los Tayos foi organizada por Stan Hall em 1976.

Foi uma das maiores e mais caras explorações de cavernas já realizada. A expedição reuniu mais de cem pessoas, incluindo especialistas em uma variedade de campos, militares britânicos e equatorianos, uma equipe de filmagem e o astronauta Neil Armstrong.

Neil Armstrong entrou na caverna e chegou até 70 metros de profundidade, junto com os outros exploradores atraídos pela ideia de que ela poderia ter sido a morada de uma civilização antiga e desconhecida, ou talvez até a presença de seres extraterrestres. Na época, Armstrong relatou que a sua estada no interior da caverna foi mais significante que a sua própria ida à Lua.

A equipe também incluiu oito espeleólogos britânicos experientes que exploraram a caverna e conduziram um levantamento preciso para produzir um mapa detalhado da caverna e alguns itens de interesse zoológico, botânico e arqueológico foram encontrados.

“Gosto de dizer que, no fundo, todos os seres humanos têm essas duas dimensões: a visão mística e científica. E sobre La Cueva de los Tayos é colocar o debate nos dois planos. É muito impressionante, como original, sentir uma força primitiva. E para quem não é especialista, vemos galerias nas quais é difícil imaginar como isso poderia ser criado”, disse o cineasta Miguel Garzón que fez parte da expedição e entrou na caverna com sua equipe de filmagem para criar o documentário “Tayos”, que lança luz sobre os mistérios que abrigam essas cavernas no sudeste do Equador.

No fundo da caverna dos Tayos eles encontraram um poço cujo caminho leva a uma caverna inundada, e entrar nele implica submergir cerca de cinco metros sob a água quando não estiver em tempo chuvoso, o que requer conhecimento de mergulho e acima de tudo coragem.

“O Poço” encontrado no fundo da caverna dos Tayos.

“Uma das pessoas que veio conosco, Oscar Leonel Arce, voltou mais tarde e passou por esse ponto e percorreu mais dois quilômetros. Ainda há muito a se explorar”, diz Garzón em seu documentário.

Durante a expedição, Stan Hall tornou-se amigo do equatoriano Patronio Jaramillo que afirmou ter entrado na biblioteca em 1946, quando tinha 17 anos de idade, levado por um tio que era amigo do povo Shuar. Ele alegou que nas profundezas da caverna teve que mergulhar na água, nadar por um túnel subaquático e então subir.

Jaramilo contou que viu uma biblioteca composta de milhares de grandes livros de metal empilhados em prateleiras, cada um com um peso médio de cerca de 20 quilos, cada página continha um lado com ideogramas, desenhos geométricos e inscrições em uma linguagem desconhecia.

Ainda mais interessante em seu relato é que ele disse haver uma segunda biblioteca, com livros pequenos, mas pesados e translúcidos como cristal, dispostos em prateleiras inclinadas cobertas de folhas de ouro. Haviam também estátuas zoomórficas e humanas, barras de metal de diferentes formas, portas lacradas cobertas de misturas de pedras coloridas e semipreciosas, e um sarcófago, esculpido em material duro, contendo um esqueleto dourado de um ser humano bem grande, entretanto, Jaramillo nunca produziu evidências físicas de suas alegações.

Jaramillo e Hall juntaram-se para finalmente chegar a Biblioteca de Metal e organizaram uma expedição, mas esta nunca chegou a acontecer pois Hall recebeu a notícia da morte de Petrônio Jaramillo e abandonou as expedições até o ano 2000, quando encontrou mapas aéreos que apontavam uma curva no rio juntando-se a uma falha, conhecida por se abrir em um sistema de cavernas que percorria vários quilômetros, sugerindo que um antigo terremoto poderia ter aberto a rede subterrânea, e que alguém em algum momento do passado descobriu e usou o local para instalar a biblioteca metálica.

Stan Hall chegou a ir até esse local e percebeu que ele se encaixava perfeitamente na descrição de Jaramillo, no entanto, ele não era um “caçador de tesouros” e acreditava que esta história não era para ele, e não quis seguir adiante. Sendo assim, em 17 de janeiro de 2005, Hall informou ao governo equatoriano a localização da caverna com esperanças de que ela fosse foco para alguma expedição futura.

Os Artefatos do Padre Crespi

Uma das peças da coleção do Padre Crespi.

O missionário italiano Padre Carlo Crespi viveu por mais de 60 anos entre os indígenas da amazônia equatoriana e, além do trabalho religioso, dedicou-se à educação, ao cinema, à antropologia e à arqueologia, e é considerado um dos primeiros pesquisadores da Cueva de los Tayos.

Segundo o próprio Padre Crespi, ele teria sido levado pelo povo Shuar até as misteriosas passagens que conduziam por quilômetros e mais quilômetros de câmaras e túneis que interligavam todo o continente americano, conforme a lenda indígena, e mantinha consigo muitos artefatos encontrados no interior da caverna que lhe foram dados de presente pelos índios. Muitos desses artefatos, alguns feitos de ouro ou outros metais preciosos, apresentam entalhes e símbolos elaboradamente esculpidos que não estão associados ao povo Shuar. Um dos presentes foi uma placa de metal com 36 símbolos que ninguém conseguiu traduzir até hoje.

Segundo ele, a caverna “não possuía fundo” e os artefatos passados a ele pelos índios vieram de uma grande pirâmide escondida em uma das câmaras da caverna. Por receio de futuros saques e depredações ao local da pirâmide, o Padre Crespi teria pedido aos índios que mantivessem o local a salvo, ocultando sua localização para que nunca fosse descoberta.

Fonte: https://alienigenasdopassado.com.br/a-biblioteca-de-metal-da-cueva-de-los-tayos/?fbclid=IwAR0732HWBzW293TyzdK69wCyBB-VVJ_ZHCpokFWCnMkv3mEOtr69_v2KIC0

quinta-feira, 16 de março de 2023

Em 1982, um jogo do Vasco no Brasileirão foi eternizado por suposto avistamento de OVNI

 

Wallacy Ferrari


Com 24 mil pagantes lotando o estádio, o caso chamou atenção por tratar-se do maior avistamento coletivo de um OVNI

Na noite de 6 de março de 1982, o estádio Pedro Pedrossian, popularmente conhecido como Morenão, no Mato Grosso do Sul, recebia uma partida de relevância nacional pelo Campeonato Brasileiro ao ver o time local, o Operário, enfrentar o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.

Em fase eliminatória, a partida reuniu mais de 24 mil pagantes nas arquibancadas da estrutura que, além de presenciar uma vitória da equipe sul-mato-grossense por 2 a 0, acabaram participando do maior avistamento coletivo de um OVNI na história brasileira.

Ainda no primeiro tempo da partida, surgia um objeto não identificado com luzes fortes, sobrevoando o estádio de maneira constante, sem nenhuma movimentação ou desequilíbrio em uma época onde os drones estavam longe de serem criados, como registrou a revista esportiva Lance em reportagem.

O clarão estava direcionado no meio do campo, chamando atenção não apenas dos milhares de torcedores que apoiavam o Operário, mas também dos atletas, que desaceleraram o jogo de maneira a prestar atenção no surgimento dos ares, como disse o árbitro da partida, José de Assis Aragão, à Lance.

Coincidiu de ser em um momento de paralisação da partida, sabe? Assim que iam cobrar uma falta, alguém olhou para cima. Depois, todos que estavam por perto começaram a ver também. Aí a gente nota aquela luz enorme lá em cima. [...] O clarão estava no meio de campo, pendendo um pouco para a esquerda. Todo mundo ficou apreensivo na hora", explica.

Depoimentos

As desconfianças inicialmente suspeitaram de alguma ação da Força Aérea Brasileira durante a interrupção da partida, visto que uma base do FAB estava próxima do estádio, mas não realizaria testes num sábado a noite, ainda mais com tantas pessoas presentes.

Outros relatos, dados ao Globo Esporte, como dos ex-jogadores Cocada e Amarildo, que atuavam pelo Operário, e Rondinelli, do Vasco, detalham que o voo era baixo e sumiu da vista em uma velocidade supersônica, longe de qualquer tecnologia da época. Na mesma reportagem, dois torcedores que testemunharam a intervenção corroboraram a explicação.

Manchete ilustra visualização de OVNI / Crédito: Divulgação / Correio do Estado

A partida era transmitida ao vivo pela TV Globo que, ao revisitar o caso quatro décadas depois, conseguiu localizar o jogo em seu acervo, mas as câmeras não deixaram de capturar o campo, sem registros visuais do avistamento sobrepondo a marquise do estádio.

Mesmo assim, o fato foi noticiado junto ao resultado do jogo pelo principal jornal do estado com ênfase: “Um OVNI, espetáculo na Capital”, apontou a manchete. Desde então, ufólogos reuniram relatos sobre o episódio, apontando que outros sinais de OVNIs foram visualizados em municípios próximos. Contudo, não há registros ou apontamentos oficiais sobre o tal facho de luz, tornando objeto de enigma local.

Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/em-1982-um-jogo-do-vasco-no-brasileirao-foi-eternizado-por-suposto-avistamento-de-ovni.phtml?fbclid=IwAR1WQgpFIn7cj3sYpAGVik5ygyeOGwhJUBlHP7EvAQwhJWfHrLRDDyR8Yec

quinta-feira, 9 de março de 2023

Cientistas criam Federação para buscar por vida extraterrestre

 


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Tempo de leitura: 4 min.

As universidades de Cambridge, na Grã-Bretanha, Harvard e Chicago, nos Estados Unidos, e ETH Zurich, na Suíça, anunciaram no último final de semana na reunião anual da American Association for the Advancement of Science a formação da Origins Federation . Veja o artigo publicado no site da Cambridge:

Cientistas criam Federação para buscar por vida extraterrestre
Da esquerda para a direita – Emily Mitchell, Didier Queloz, Kate Adamal, Carl Zimmer. Paisagem com a Via Láctea. Nascer do sol e vista da Terra do espaço com a Via Láctea. (Elementos desta imagem fornecidos pela NASA). Crédito: ETH Zurich

Por milhares de anos, a humanidade e a ciência contemplaram as origens da vida no Universo. Embora os cientistas de hoje estejam bem equipados com tecnologias inovadoras, a humanidade tem um longo caminho a percorrer antes de entender completamente os aspectos fundamentais do que é a vida e como ela se forma.

Estamos vivendo um momento extraordinário na história”, diz Didier Queloz, que dirige o Leverhulme Center for Life in the Universe em Cambridge e o ETH Zurich’s Center for Origin and Prevalence of Life. Ainda estudante de doutorado, Queloz foi o primeiro a descobrir um exoplaneta – um planeta orbitando uma estrela do tipo solar fora do sistema solar da Terra. Uma descoberta pela qual ele mais tarde receberia o Prêmio Nobel de Física.

Em uma geração, os cientistas já descobriram mais de 5.000 exoplanetas e preveem a existência potencial de trilhões a mais apenas na Via Láctea. Cada descoberta inspira mais perguntas do que respostas sobre como e porque a vida surgiu na Terra e se ela existe em outras partes do universo. Avanços tecnológicos, como o Telescópio Espacial James Webb e as missões interplanetárias a Marte, aceleram o acesso a um volume avassalador de novas observações e dados, de forma que será necessária a convergência de uma rede multidisciplinar para entender o surgimento da vida no universo.

Cambridge, ETH Zurich, Harvard e Chicago fundaram a “Federação das Origens”

Unindo forças com o químico e ganhador do Prêmio Nobel, Jack Szostak e o astrônomo Dimitar Sasselov, Didier Queloz anunciou a fundação de uma nova “Origins Federation” (“Federação de Origens”) durante a Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS). Embora uma federação interestelar fictícia possa vir imediatamente à mente, essa aliança internacional reúne a experiência de pesquisadores que trabalham nas origens dos centros de vida e iniciativas na Universidade de Cambridge, ETH Zurich, Universidade de Harvard e Universidade de Chicago.

Juntos, os cientistas explorarão os processos químicos e físicos dos organismos vivos e as condições ambientais propícias à manutenção da vida em outros planetas.

Queloz comentou:

“A Origins Federation baseia-se em um relacionamento colegial de longa data fortalecido por meio de uma colaboração compartilhada em um projeto recentemente concluído com a Fundação Simons”.

O que a humanidade poderia aprender com as bioassinaturas extraterrestres

Tais colaborações apoiam o trabalho de pesquisadores como a professora de Zoologia, Emily Mitchell. Mitchell, que trabalha com Queloz no Leverhulme Center for Life in the Universe, em Cambridge, é uma viajante do tempo ecológico. Ela usa varredura a laser baseada em campo e ecologia matemática estatística em fósseis de 580 milhões de anos de organismos do fundo do mar para encontrar os fatores determinantes que influenciam os padrões macroevolutivos da vida na Terra. Falando durante a sessão Origins of Life da ETH Zurich no AAAS, Mitchell levou os participantes de volta no tempo para 4 bilhões de anos atrás, quando a atmosfera primitiva da Terra – desprovida de oxigênio e rica em metano – mostrou seus primeiros sinais de vida microbiana. Ela falou sobre como a vida sobrevive em ambientes extremos e depois evolui, oferecendo potenciais insights astrobiológicos sobre as origens da vida em outras partes do universo.

Mitchell diz:

“À medida que começamos a investigar outros planetas, por meio das missões a Marte, as bioassinaturas podem revelar se a origem da própria vida e sua evolução na Terra é apenas um feliz acidente ou parte da natureza fundamental do universo, com todas as suas complexidades biológicas e ecológicas.”

Colonizando o espaço com células sintéticas

Embora as células biológicas complexas ainda não sejam totalmente compreendidas, as células sintéticas permitem que os bioquímicos, como Kate Adamala, do Laboratório de Protobiologia da Universidade de Minnesota, desconstruam sistemas complexos em partes mais simples. Peças que permitem aos cientistas entender os princípios básicos da vida e da evolução não apenas na Terra, mas potencialmente a vida em outros planetas do sistema solar.

Adamala lançou sua busca para construir a vida do zero como estudante de pós-graduação em Harvard, trabalhando com o Prêmio Nobel, Jack Szostak. Ela se esforça para criar biorreatores simples semelhantes a células, semelhantes às primeiras formas de vida, aplicando os princípios da engenharia à biologia.

Durante o AAAS, Adamala explicou como as células sintéticas permitem aos cientistas estudar o passado, presente e futuro da vida no universo. Ao contrário das células biológicas, é possível digitalizar células sintéticas e transmiti-las por grandes distâncias para criar, por exemplo, medicamentos ou vacinas sob demanda – uma “astro-farmácia” que poderia potencialmente sustentar a vida em uma nave espacial ou até mesmo uma futura colônia marciana. Até esse momento, as células sintéticas oferecem aplicações práticas para a humanidade em termos de sistemas de energia sustentável, maior rendimento das culturas e terapias biomédicas.

O que é a vida?

Embora ainda não haja uma definição abrangente de vida, a busca para descobrir suas origens inspirou entusiasmo, novas colaborações e abriu as portas nos salões mais sagrados da comunidade científica.

O Prof. Andy Parker, chefe do Laboratório Cavendish de Cambridge, disse:

“O trabalho pioneiro do Prof. Queloz permitiu que astrônomos e físicos fizessem avanços impensáveis ​​há apenas alguns anos, tanto na descoberta de planetas que poderiam abrigar vida quanto no desenvolvimento de técnicas para estudá-los. Mas agora precisamos trazer toda a gama de nossa compreensão científica para entender o que a vida realmente é e se ela existe nesses planetas recém-descobertos.

O Laboratório Cavendish tem o orgulho de hospedar o Leverhulme Center for Life in the Universe e fazer parceria com a Origins Federation para liderar esta missão.”

Outras informações

Didier Queloz anunciou a Federação das Origens no Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) durante a sessão: ‘Origins of Life: Humanity’s Quest to Discover the Nature of Life in the Universe‘ apresentado por Carl Zimmer, colunista do The New York Times e autor de “Life’s Edge: The search for what it meanings be alive”.

Observação: Este Blog do CSPU não se responsabiliza por esta matéria 

Fonte: https://www.ovnihoje.com/2023/03/08/cientistas-criam-federacao-para-buscar-por-vida-extraterrestre/

domingo, 5 de março de 2023

Analistas apontam riscos ligados à IA, mas defendem que regulamentação não pode travar seus avanços

Inteligência artificial (imagem referencial) (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 24.02.2023

© Foto / Pixabay / geralt

Especiais

À Sputnik Brasil, especialistas destacam que a regulamentação do uso da inteligência artificial deve ser feita sem cessar sua evolução e apontam que a conscientização do compartilhamento de informação é um dos maiores desafios deste século.

A inteligência artificial (IA) faz parte do cotidiano e vem ganhando mais espaço rapidamente. Ela está presente em aplicativos que usam cliques para direcionar futuras pesquisas, em eletrodomésticos que funcionam sozinhos e acionados à distância, na segurança pública, por meio de câmeras de reconhecimento facial, e até mesmo na saúde, com procedimentos cirúrgicos que hoje contam com auxílio de robôs.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Claudio Miceli, professor do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE) e do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC), ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Vandor Rissoli, professor de engenharia de software da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Laboratório de Tecnologias Educacionais (LaTEd), também da UnB, explicam que a inteligência artificial tem potencial para melhorar em grande escala a qualidade de vida do ser humano, mas vem acompanhada de riscos e necessita de regulamentação.

Vandor Rissoli destaca que, embora seja mais comentada nos últimos anos, a IA já faz parte da rotina humana há décadas. Ele explica que a tecnologia surgiu na década de 1950, “com o objetivo de desenvolver ou evoluir tecnologias que tivessem a capacidade de imitação do comportamento inteligente humano”, e desde então vem aumentando sua presença no cotidiano.

“Os recursos e lógicas provenientes da IA já fazem parte do nosso dia a dia, embora muitas vezes nós não os percebamos. Eles contribuem desde a melhor escolha do sinal do seu celular para comunicação, assim como tarefas que proporcionarão sua maior produtividade, até a otimização de processos, que tenham a participação humana ou de robôs que realizam atividades repetitivas com maior eficiência, reduzindo possíveis falhas” diz Rissoli.

Inteligência artificial (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 16.01.2023

Ciência e sociedade

Inteligência Artificial revela nanoestruturas que contribuem para o avanço microeletrônico (FOTO)

16 de janeiro, 05:05

Porém ele acrescenta que, apesar dos inúmeros avanços, “o elevado potencial de processamento da IA se apresenta ainda bem limitado quando comparado ao cérebro humano”. Ele cita como exemplo os chatbots, que são robôs de conversação muito usados em atendimentos on-line. “Na interação inusitada, quando são misturados dados que são reais mas não têm vínculo entre si, um robô de conversação vai produzir um retorno incoerente.”

Claudio Miceli concorda que a inteligência artificial traz facilidades no acesso a serviços. “A gente vê isso desde em coisas como ChatGPT […] até […] aplicativos de banco, que vão oferecer um tipo melhor de interação que não temos, às vezes, indo à agência bancária.”

Porém Miceli alerta que toda essa comodidade traz consigo o risco de expor dados pessoais a sistemas desconhecidos de empresas que não se sabe o que farão com essa informação. Ele acrescenta que “essa hipermecanização faz com que, rapidamente, empregos desapareçam, sem que haja uma transição de trabalho”. “A tecnologia traz muitos empregos, com certeza. Mas desde que você capacite a mão de obra, então tem que ter uma política para que isso aconteça”, argumenta Miceli.

Atualmente, o Senado debate algumas propostas para regulamentar o uso da IA no Brasil, discutindo, por exemplo, o uso de câmeras para reconhecimento facial. Questionado sobre quais são os desafios para a regulamentação dos sistemas de IA, Miceli destaca dois pontos que considera principais.

“Nosso principal desafio é a gente entender o que significa IA. O robô aspirador da sua casa pode estar usando IA para aprender qual cômodo deve varrer. Mas, ao mesmo tempo, será que a empresa que está coletando esses dados não tem agora um mapa da sua casa? Ou, quando dizemos ‘Hello, Siri’ ou ‘Oi, Google’, esses sistemas começam a coletar suas informações? Regulamentar significa regulamentar a IA ou esse tráfego de informação que ela pode tomar?”, questiona Miceli.

Em segundo lugar ele aponta a regulamentação do que chama de culpabilidade da decisão tomada pela IA, pois a tecnologia, embora avançada, também é passível de erros.

“Imagina que uma câmera de reconhecimento facial diz que alguém é um bandido, quando na verdade não é. Como é que a polícia vai acreditar nisso? A pessoa vai ser detida, presa para posterior averiguação”, diz Miceli, acrescentando já terem acontecido casos como esse.

Inteligência artificial (IA) - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2023

Panorama internacional

Apesar de sanções, empresas dos EUA investiram cerca de US$ 40 bi no setor de IA chinês, diz mídia

2 de fevereiro, 14:19

Segundo ele, a regulamentação tem o desafio de garantir que o uso da IA seja responsável e ético. “Garantir que ela [a IA] não seja discriminatória, que seja possível analisar o processo de decisão [tomado pelo sistema]. Ou seja, o resultado é interpretável, como foi que ela chegou a essa conclusão? São desafios muito grandes, alguns são até desafios de pesquisa. Por isso tenho um pouco de receio de como essa regulamentação vai ser feita.”

Rissoli destaca que a regulamentação “corresponde a um grande desafio, que deve contar com a participação de todos os interessados”. No entanto ele destaca que, em sua área específica, a IA é uma tecnologia relativamente nova, por isso “a regulamentação não pode restringir sua evolução”. Ele afirma que a regulamentação deve focar “em fazer da IA uma área centrada nas demandas humanas“.

“Procurar contribuir com os aspectos de inovação dessa tecnologia no nosso país. Promover, com a regulamentação, a utilização dela para desenvolvimento sustentável, segurança jurídica, proteção dos direitos humanos, respeito à privacidade”, explica Rissoli.

Ele também considera importante que “a regulamentação imponha punição aos que desrespeitarem as regras de responsabilidade”.

A inteligência artificial pode cimentar a privacidade como um conceito obsoleto?

Questionado sobre se será possível acomodar a privacidade ao avanço do uso da IA, Miceli diz que esse tema foi debatido durante a discussão da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), em que se abordou quais dados são públicos e quais não são.

Porém ele afirma que ainda tem “muitas reticências sobre essa questão, sobre o que é privacidade no mundo digital”.

“Para ter privacidade em uma era de dados devassados, é preciso ter muita consciência de quais serviços você está acessando, do que você disponibiliza nas redes sociais, de quais permissões dá para que as redes acessem esses dados.”

Ele acrescenta que considera ser necessário investir em educação digital, que inclui essas questões. “Uma educação digital diferente da que a gente tem dado à população. A gente tem dado cada vez mais novos produtos, mas sem alertar para os riscos”, explica Miceli.

Na avaliação de Miceli, um dos principais desafios do começo deste século será a conscientização do compartilhamento de dados. Ele explica que nos sistemas de IA o aprendizado da máquina depende do fornecimento de dados. Miceli diz que o importante é que esse compartilhamento seja uma escolha do usuário. Nesse contexto, “a privacidade deixa de ser algo inato e passa a ser uma opção consciente”.

Inteligência artificial (IA) (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 15.01.2023

Ciência e sociedade

China supera os EUA em produção e qualidade de pesquisa sobre IA, diz estudo

15 de janeiro, 19:49

“Tem de haver uma campanha de conscientização do compartilhamento de informação, coisa que hoje, na sociedade, infelizmente não tem. E é muito severo, acho que é um dos grandes problemas do começo deste século, a gente ainda não está entendendo o boom de informações deste mundo digital que está se formando.”

Rissoli concorda com a importância de se investir em educação digital, “para que as pessoas tenham um melhor esclarecimento do uso contínuo dos recursos tecnológicos”.

“Porque, com todas as potencialidades desses recursos, pessoas com interesses não tão nobres também podem utilizá-los para obter alguma vantagem. É importante um melhor esclarecimento dos usuários não só no aspecto da inteligência artificial, mas da tecnologia de um modo geral, a fim de que possam se expor menos.”

Ele conclui afirmando que a questão da regulamentação do uso da IA não pode se tornar uma dificuldade.

“A inteligência artificial continua em evolução, é muito jovem a ciência em si. Se, de repente, ocorrer uma regulamentação nacional sem ouvir, sem abrir espaço para todos que têm interesse e que podem se beneficiar dela, [a regulamentação] pode causar restrições e conter um pouco da evolução que ela [a IA] pode atingir e toda a inovação que ela vem produzindo não só no nosso país, mas em nível mundial.”

OVNIs no Brasil e tecnologias "extraterrestres" com @EnigmaseMisterios #...