quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Agência Brasil: Nasa aposta em missões espaciais para buscar vida em luas e planetas

 

Em entrevista exclusiva, astrônoma brasileira falou sobre os projetos
Adrielen Alves – repórter da TV Brasil
Publicado em 18/09/2025 - 10:42
BrasíliaBrasília (DF) 28/02/2025 - Alinhamento dos planetas.
Arte Nasa
© Arte Nasa

Sessenta anos após a primeira missão para Marte, a Mariner 4, que tinha o objetivo de registrar imagens do planeta vermelho, a expedição envolvendo o veículo rover Perseverance já é considerada a mais animadora pela comunidade científica e a mais próxima de localizar vida fora do planeta Terra.

Esta é a constatação da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) que, no último dia 10, anunciou possíveis indícios de bioassinatura em uma rocha, localizada na cratera de Jezero.

Na região marciana, onde há bilhões de anos correram rios e lagos, uma combinação de minerais e material orgânico localizados em uma rocha, chamada de Chevaya Falls, pode indicar a existência de vida antiga.

Seria uma espécie de microfóssil, resultado do metabolismo microbiano expelido após se “alimentarem’’ de material orgânico, explicaram cientistas da agência espacial.

A notícia, que já circulava em laboratórios da Nasa há cerca de um ano veio a público agora, após a revisão por pares de cientistas e com a publicação de um artigo na renomada revista Nature.

Os achados foram considerados relevantes por uma equipe internacional de cientistas, mas não são conclusivos, aponta o artigo. Isso porque também existe a possibilidade de se tratar de uma ação abiótica, decorrente de um processo químico não biológico, ou seja, sem presença de vida.  

Para a astrônoma brasileira Rosaly Lopes, vice-diretora de Ciências Planetárias do Jet Propulsion Laboratory (Laboratório de Propulsão a Jato, em tradução livre) da Nasa, embora os resultados das análises do Perseverance sejam animadores, eles só serão conclusivos após a checagem da amostra em laboratórios terrestres. 

O administrador interino da Nasa, Sean Duffy, informou que trazer a amostra de volta para a Terra depende ainda da avaliação de orçamento, do tempo e da tecnologia que seria empregada na missão de resgate. 
 

Planeta Marte em foto do telescópio espacial Hubble da Nasa
Planeta Marte em foto do telescópio espacial Hubble da Nasa - NASA/Direitos reservados

Corrida Espacial 

Mesmo com os desafios para confirmar a existência de vida em Marte, a Nasa está a todo vapor na corrida espacial, no páreo com países como China, Índia e Rússia.

Estes países se unem ao jogo para ver quem desvenda primeiro a grande questão sobre o Universo: estamos sós nesta imensidão? 

Em entrevista exclusiva à TV Brasil a astrônoma brasileira Rosaly Lopes abordou temas como as futuras missões espaciais lideradas pela Nasa, onde ela trabalha há mais de 30 anos, e sobre o quão próximo estamos de respostas de vida no nosso Sistema Solar. 

“Um dos maiores objetivos agora da Nasa, da nossa comunidade científica, é saber se existiu vida em outros mundos.” 

Confira trechos da entrevista: 

Brasília (DF), 18/09/2025 –  Personagem Rosaly Lopes.
Após descoberta em Marte, Nasa aposta em missões espaciais em busca de vida em outros mundos.
Foto: Rosaly Lopes/Arquivo pessoal
A astrônoma brasileira Rosaly Lopes falou com exclusividade à Empresa Brasil de Comunicação - Rosaly Lopes/Arquivo pessoal

Agência Brasil: O recente anúncio da Nasa, sobre a missão envolvendo o rover Perseverance e a potencial bioassinatura em rocha no planeta Marte, animou a comunidade científica sobre a possibilidade de descoberta de vida fora da Terra. Qual era o clima entre os colegas astrônomos e cientistas envolvidos na pesquisa e em outras missões espaciais às vésperas e após o anúncio público desta notícia, considerada pela Nasa a mais próxima de achar vida fora da Terra?
Rosaly Lopes:  Esse resultado já tinha sido anunciado entre os cientistas assim que descobrimos a rocha, há pouco mais de um ano, e os instrumentos do robô Perseverance fizeram as primeiras análises da amostra, chamada Cânion Safira.
A diferença, agora, é que o artigo científico foi publicado. E isso quer dizer que, no princípio, antes de todas as análises terem avançado, ainda se tinha muita dúvida.
Isso porque o resultado encontrado na rocha talvez possa ser abiótico [decorrente de processos químicos, mas sem presença de vida], já que as análises ainda não foram finalizadas. Mas agora, a publicação do artigo em uma revista científica como a Nature demonstra que a comunidade científica diz que as análises são boas.
Isso faz com que esse resultado não seja considerado, ainda, como prova de vida fora da Terra, mas é mais aceito, agora, como grande possibilidade de ser um sinal de vida – que chamamos de uma bioassinatura em Marte.
É importante trazer essa rocha de volta porque as análises que o robô pode fazer e a que a gente pode fazer aqui nos laboratórios da Terra não se comparam. Realmente, para fazer uma análise profunda e demonstrar que isso é um sinal de vida, tem que ser feito aqui na Terra.

Agência Brasil: Embora os estudos continuem sendo realizados, há limites para atuação do rover Perseverance em Marte. Qual a principal complexidade para o avanço das pesquisas? 
Rosaly Lopes: É porque muitos sinais, como este, podem ter explicações abióticas. Isso quer dizer que não tem ação ou registro de vida, são processos químicos que podem ter ocorrido. Então é difícil provar, principalmente com essas medidas que o robô fez, que são muito limitadas. Você não pode mandar um grande laboratório para Marte, porque seria muito grande, muito pesado. Então, ainda tem a possibilidade de isso ser abiótico, e para saber com certeza mesmo nós temos que trazer a amostra de volta para a Terra.

Agência Brasil: A amostra recolhida pelo Perseverance, Cânion Safira, vem de uma rocha localizada em um vale onde há bilhões de anos passavam rios e lagos. E a comparação com os minerais decorrentes do metabolismo de vida microbiana nos leitos de rios aqui na Terra foram essenciais para os parâmetros de comparação com a amostra de Marte. Como estudar a origem da vida no nosso planeta pode nos ajudar com as missões em outros planetas e luas? 
Rosaly Lopes: As pesquisas na Terra nos ajudam muito a pesquisar a possibilidade de vida em outros planetas. Então, por exemplo, as rochas antigas na Terra que mostram sinais de vida, que mostram que existiu vida naquela época antiga da Terra, todos os sinais estão lá nas rochas. Mas a aplicação para outros planetas realmente não é fácil, porque as condições são diferentes.
É muito importante que a gente pesquise se a vida evoluiu em outro planeta, porque até hoje nós não sabemos se a evolução da vida em um planeta é uma coisa muito fácil ou muito difícil. Porque nós só temos um exemplo e esse exemplo é a Terra. E você não pode fazer nenhuma estatística com só um exemplo.
Então, é um dos maiores, digamos, objetivos agora da Nasa, da nossa comunidade científica, é saber se existiu vida em outros mundos. Mas provar, principalmente sem trazer material de volta para a Terra, é difícil, porque existem, na maior parte do tempo, explicações, que o processo pode ter sido abiótico, quer dizer que não foi causado por vida.

Agência Brasil: Vamos falar um pouco sobre as próximas missões da Nasa. Estamos a caminho de missões importantes, como a Dragonfly, que vai sobrevoar Titã, com uma espécie de super drone. Essa lua de Saturno é formada por lagos e tem geologia muito semelhante à da Terra. Em que etapa dos preparativos estamos desta que é considerada a primeira missão aérea para outro mundo?
Rosaly Lopes:  A missão Dragonfly é uma missão com drone que vai a Titã e tem dentro desse drone vários instrumentos, como se fosse um pequeno laboratório para procurar material orgânico e possibilidades que a vida evoluiu em Titã, uma das luas de Saturno.
A missão foi confirmada e agora está sendo preparada para ser lançada por volta de 2028, 2029. Isso depende muito de orçamento, mas a missão já está confirmada. Isso quer dizer que a Nasa vai dar recursos para essa missão.
O objetivo principal da Dragonfly é achar sinais de que talvez a vida tenha evoluído em Titã. Será uma missão muito interessante, mesmo não achando esses sinais de vida, porque vai estudar muito sobre a geologia de Titã, que é uma das luas mais fascinantes do sistema solar. 

Brasília (DF), 18/09/2025 –  Personagem Rosaly Lopes.
Após descoberta em Marte, Nasa aposta em missões espaciais em busca de vida em outros mundos.
Foto: Rosaly Lopes/Arquivo pessoal
Cientista da Nasa, a brasileira Rosaly Lopes fala sobre futuras missões espaciais - Rosaly Lopes/Arquivo pessoal

Agência Brasil: Já a missão Psyque, lançada em 2023, pretende investigar um asteroide, entender a origem desse objeto rico em metais a orbitá-lo. Recentemente, tivemos informações de um objeto interestelar com comportamento considerado atípico em relação à trajetória e velocidade, o 3I/Atlas. Mas mesmo com características raras, e até teorias sobre um possível objeto não identificado, segundo artigos científicos trata-se de um cometa vindo de outro sistema solar. Existe algum tipo de preocupação com estes objetos celestes? Por que precisamos conhecê-los melhor?
Rosaly Lopes: Isso é muito interessante. Não é o primeiro objeto interestelar que nós achamos [antes, já foram localizados Oumuamua, em 2017; e 2I/Borisov, em 2019]. E pelas observações, achamos que realmente é um cometa. Mas seria muito interessante estudar esse objeto, porque ele vem de outro sistema solar. E isso nos daria a possibilidade de saber se os cometas em outros sistemas solares são realmente iguais aos do nosso sistema solar, ou se têm características diferentes.
O problema é que nós não temos ainda um jeito de lançar rapidamente uma missão para estudar esses objetos interestelares. Quando eles aparecem, é questão de meses e não, de anos para nós prepararmos uma missão. Mas nós vamos usar todas as missões possíveis que nós temos, que a Nasa tem, para tirar imagens do 3I/Atlas. 
Inclusive a missão Psyche está se preparando para fazer imagens distantes, claro, desse cometa. Já se falou, entre os colegas cientistas, sobre a possibilidade de fazer uma nave que possa ser lançada rapidamente, caso um desses objetos interestelares venha de novo, mas ainda não se obteve os recursos para isso. A nave ficaria armazenada até um objeto interestelar vir e mesmo assim a trajetória pode ser difícil. Então, realmente há estes problemas que dificultam o lançamento de uma missão para um objeto interestelar como este. 

Agência Brasil: A missão Artemis volta às incursões na Lua, inclusive com a presença, pela primeira vez, de uma astronauta, a Cristina Koch. Prevista para 2026, a missão vai sobrevoar o nosso satélite, mas segundo Sean Duffy, o administrador interino da Nasa, a ideia é voltar a deixar a pegada norte-americana na Lua. Como a senhora percebe a importância dessa representatividade das mulheres neste momento? Acredita que este é um impulsionamento para atrair mais meninas e mulheres dedicadas às ciências espaciais? 
Rosaly Lopes:  A missão Artemis II, que a Cristina Koch vai, ela não vai pousar na Lua, ela vai sobrevoar ao redor da Lua. Eu acho a presença de uma mulher nesta missão muito importante, porque inspira mulheres, meninas, a seguir carreiras em ciência e tecnologia. Eu já tinha muito interesse em astronomia, mas uma coisa que foi uma grande inspiração para mim foi ler, em um jornal brasileiro, um artigo sobre uma moça que trabalhava em Houston, no Centro Espacial de Johnson, durante o programa Apollo. O nome dela é Poppy Northcutt, e eu a encontrei pela primeira vez em 2019, porque ela deixou a Nasa e se tornou advogada. Só  de ver uma foto e um pequeno artigo de jornal sobre uma mulher trabalhando no centro de controles da Nasa foi uma grande inspiração para mim.
Então, é muito importante porque é uma coisa que as mulheres têm que saber que elas podem fazer. É o caso também da primeira mulher astronauta, a Sally Ride, que infelizmente já faleceu, mas eu acho que ela inspirou muitas outras jovens na época. E uma coisa ainda sobre essa questão que eu sempre digo é que mulheres são, pelo menos, 50% da população. Então, não se deve excluir mulheres, 50% da população, de qualquer área, porque isso representa 50% dos talentos e da inteligência que pode ser usada para o bem da humanidade.

Clique aqui e leia mais sobre a missão Artemis

Agência Brasil: Por fim, o supertelescópio James Webb lançado em 2021 tem revelado imagens do Universo até então nunca vistas. Na sua avaliação, qual imagem ou descoberta é considerada a mais surpreendente até o momento? 
Rosaly Lopes:  As imagens do James Webb são maravilhosas e é muito difícil escolher uma. É bom lembrar que, quando o James Webb foi proposto e depois construído, ele custou muito, muito caro e o orçamento foi lá em cima, triplicou (custo estimado de US$10 bilhões).
Muitos cientistas estavam contra fazer isso porque era muito caro e iria tirar recursos de outras possíveis missões. Mas, realmente, foi um enorme sucesso. Eu acho que, hoje em dia, todos os cientistas concordam que realmente valeu à pena. Valeu pelos recursos e pelo dinheiro investido nessa missão.
Às vezes, para realizar as missões que causam maiores avanços na ciência é necessário gastar bastante dinheiro. Então, eu acho que o James Webb foi uma história incrível de sucesso, tudo deu certo e os resultados são maravilhosos.

Clique aqui e leia mais sobre o supertelescópio James Webb
 

Imagens coloridas do Telescópio Espacial James Webb da NASA
Imagens coloridas do Telescópio Espacial James Webb da NASA - Nasa/divulgação

 

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

OvniHoje: Resumo da Audiência de OVNIs do Congresso dos EUA

 


A Força-Tarefa para a Desclassificação de Segredos Federais realizou na terça-feira uma audiência intitulada “Restaurando a Confiança Pública por Meio da Transparência de OVNIs e da Proteção de Denunciantes” (título traduzido).

Resumo da Audiência de OVNIs do Congresso dos EUA
Crédito da imagem ilustrativa: n3m3/Bing/DALL-E

Durante a audiência, os membros ouviram testemunhas sobre as preocupações constantes com a divulgação de fenômenos anômalos não identificados (UAPs/OVNIs) e informações mantidas por agências federais. Os membros examinaram questões de transparência dentro do Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO) do governo federal e da comunidade de inteligência. Os membros também analisaram maneiras pelas quais o Congresso pode proteger melhor os denunciantes que divulgam informações sobre OVNIs.

Principais conclusões

O governo federal não forneceu informações adequadas aos americanos sobre a existência e a eficácia dos programas relacionados aos OVNIs.

O jornalista de OVNIs, George Knapp, testemunhou em sua declaração de abertura que:

[Você] sabe, o público tem ouvido repetidamente desde o final dos anos 40: ‘Não há nada com que se preocupar aqui. Essas naves misteriosas vistas por milhões de pessoas nos céus, nos oceanos, sobre a terra, não são reais. Elas não são uma ameaça. As testemunhas estão erradas. Elas são malucas. Não acredite nisso‘.

Isso mudou para mim. O que me fisgou foi o rastro de papel. Documentos que foram arrancados do governo dos EUA depois que a FOIA — Lei de Liberdade de Informação — se tornou a lei do país. E esses documentos pintam um quadro muito diferente do que o público, a imprensa e o Congresso têm ouvido ao longo de muitos anos. Os documentos de militares e agentes de inteligência a portas fechadas admitem que ‘essas coisas são reais. Elas não são fictícias. Elas podem voar em formação, são evasivas e superam qualquer aeronave conhecida, incluindo a nossa‘. Ao público, é claro, como eu disse, foi dito algo muito diferente.

Os americanos querem que o Congresso supervisione os programas relacionados aos OVNIs e tenha mais informações sobre os programas financiados pelos contribuintes e quanto está sendo gasto.

O Chefe de Testemunhas, Alexandro Wiggins, declarou em sua declaração de abertura:

“Quero destacar três pontos para a Força-Tarefa e o Comitê. Segurança da aviação e marítima: quando tripulações e vigias observam objetos que manobram ou aceleram de maneiras que não correspondem aos perfis conhecidos e não o fazem perto de nossos navios e aeronaves, isso é, antes de tudo, uma questão de segurança. Uma lista de verificação padronizada e treinamento devem garantir que capturemos os melhores dados possíveis dos sensores em tempo real, incluindo configurações de voo, estimativas de alcance inclinado e instantâneos de altitude de rumo e alcance, além da troca imediata da cadeia de custódia para quaisquer gravações.”

Denunciantes que fornecem detalhes sobre informações de gastos, políticas e procedimentos relativos à classificação e desclassificação de OVNIs devem poder fazê-lo sem retaliação.

O veterano da Força Aérea dos EUA, Jeffrey Nuccetelli, testemunhou em sua declaração de abertura:

“A transparência é a base da verdade. Sem ela, testemunhas como nós são descartadas. [P]rotejam as testemunhas. Muitas permanecem em silêncio por medo de suas carreiras, reputações e da segurança de suas famílias. Protejam-nas e vocês encorajarão outros a se juntarem a esta causa. Esses fenômenos desafiam nossas suposições mais profundas sobre a realidade, a consciência e nosso lugar no universo. Explorá-los pode desbloquear avanços transformadores na tecnologia, na biologia e na compreensão humana.”

Wiggins testemunhou:

“Relatórios sem proteção contra estigma, sem retaliação. Os marinheiros precisam saber que relatar encontros com OVNIs não prejudicará suas carreiras. O Congresso pode ajudar reforçando a proteção de testemunhas e instruindo o órgão competente a manter canais confidenciais e desestigmatizados para os militares que apresentarem dados.”

Knapp testemunhou que:

“Homens que viram coisas estranhas e se apresentaram para contar ao mundo, denunciantes e testemunhas que se apresentam são rotineiramente insultados, menosprezados ou pior. Eles arriscaram suas reputações, suas carreiras, suas autorizações, seus meios de subsistência e, às vezes, muito mais do que isso, até mesmo sua liberdade. Bem, eu sei que um dos objetivos da força-tarefa aqui é descobrir maneiras de proteger denunciantes e testemunhas.”

O veterano da Força Aérea dos EUA, Dylan Borland, testemunhou em sua declaração de abertura:

“Numerosos indivíduos se manifestaram de diversas maneiras para revelar a verdade sobre a realidade dos OVNIs como patriotas e defensores de nossa nação. No entanto, muitos se sentem descartados, isolados, sem esperança, separados do país que servem. Os esforços para retificar essa situação para todos os denunciantes têm sido difíceis de solucionar.”

Destaques dos membros

O deputado Tim Burchett (Republicano-Tenn.) perguntou sobre o que o Congresso pode fazer para aumentar a proteção aos denunciantes.

Deputado Burchett:

“Como o Congresso pode aumentar ainda mais a proteção aos denunciantes?”

Knapp:

“Acho que você precisa soltar os cachorros e ir atrás do dinheiro e para onde ele vai, porque boa parte desse dinheiro foi transferido para fora do governo. Como o senhor sabe, Deputado Burchett, ele foi entregue a empreiteiros privados que o esconderam. Eles o têm há tanto tempo que não há mais ninguém dentro do governo, ou muito poucos, que saibam onde ele está.”

Deputado Burchett:

“E eles fazem isso para nos impedir de obter a FOIA, correto?”

[FOIA= Sigla em inglês para Lei da Liberdade de Informação.[

Knapp:

“Sim, é para evitar que isso aconteça por meio da Lei de Liberdade de Informação (FOIA). E acho que os contratados alimentaram o material por muito, muito tempo, estabeleceram seus próprios padrões sobre quem tem permissão para saber o quê. E é um grupo muito pequeno que consegue decifrar isso. Acho que a Deputada Luna tem estudado o uso de sigilos para esconder informações. Não tenho certeza se mesmo este comitê, obtendo autorizações de segurança que permitam ver essas informações, permitiria que você acompanhasse para onde elas realmente vão.”

O deputado Eric Burlison (R-Mo.) perguntou sobre protocolos internos e documentação interinstitucional de OVNIs e o que poderia ser feito para melhorar a transparência sobre avistamentos confiáveis.

Deputado Burlison:

“Chefe Wiggins, na sua opinião, quais mecanismos, como protocolos internos, depoimentos de testemunhas ou documentação interinstitucional deveriam ser melhor estabelecidos para garantir que um avistamento tão confiável, como o que o senhor deu, seja preservado e disponibilizado a órgãos de supervisão como este?”

Chefe Wiggins:

“Obrigado, senhor. Como membro da Marinha em serviço ativo, nossa missão é cumprir a missão do navio ou do comando. E nós, em geral, não sabemos o que fazer quando vemos coisas assim. Simplesmente não sabemos. Estamos lá para cumprir nossa missão e fazer o que nos é dito. Certo. Então, acho que o importante é dar aos membros da Marinha em serviço ativo uma maneira clara de relatar coisas como essa, até onde chegamos a esse ponto, e garantir que tenhamos um nível padrão de entendimento para que não haja qualquer tipo de represália ou qualquer coisa acontecendo, porque, sabe… Estou na Marinha há quase 24 anos, mas e os marinheiros que estão na Marinha há dois anos e passaram por coisas assim? Eles não terão o conhecimento, ou provavelmente ficarão um pouco mais receosos de se manifestar, já que suas carreiras estão apenas começando.”

O deputado Scott Perry (R-Pa.) perguntou sobre o envolvimento do governo dos EUA nas investigações de OVNIs.

Deputado Perry:

“Mas eles lhe dariam a impressão de que o governo dos EUA não teve nada a ver com o que quer que você tenha visto, correto? Eles não gostariam que isso acontecesse porque potencialmente interromperia os procedimentos. Na época, houve alguma ação posterior? Houve alguma discussão sob seu comando? Houve alguma investigação? São atividades bastante significativas nas quais você está envolvido. Houve alguma investigação que você saiba?”

Sr. Nuccetelli:

“Realizamos investigações em tempo real. Documentamos todas as evidências. Mas, quanto a qualquer informação vinda de cima, não sei se houve uma investigação, mas não obtivemos nenhuma informação sobre o que deveríamos fazer.”

Deputado Perry:

“Você já foi entrevistado a pedido de outra pessoa?”

Sr. Nuccetelli:

“Não acredito.”

Deputado Perry:

“Você acha isso estranho? Se algo acontecer, você estará por perto de operações multimilionárias ou talvez bilionárias e lançamentos de interesses de segurança nacional. Muito delicado. Há uma anomalia na operação.”

A deputada Nancy Mace (RS.C.) perguntou sobre a possibilidade dos OVNIs serem conspirações do governo.

Deputada Mace:

“Você acha que tudo isso é uma operação psicológica do governo dos EUA?”

Knapp:

“É perfeitamente possível. Quer dizer, nosso governo e outros governos admitiram que tentaram usar OVNIs para encobrir projetos secretos, mas acho que eles também fazem engenharia reversa dessas alegações. Então, anos depois, as pessoas começam a ver OVNIs sobre a Área 51, por exemplo, e inventam uma história. Foi na semana em que plantamos essa história. Então, li em um grande jornal, há apenas algumas semanas, que eles plantaram essa história na Força Aérea. Foram para o deserto, foram a um bar e [receberam] algumas fotos falsas de OVNIs. E foi assim que toda a história sobre a Área 51 começou, o que é absurdo.”

(Fonte) https://www.ovnihoje.com/2025/09/12/resumo-da-audiencia-de-ovnis-do-congresso-dos-eua/


OvniHoje: A Terra pode ter sido semeada por “extraterrestres avançados”, diz novo estudo

 


Há muitas pesquisas sobre o tema, mas não há uma resposta unânime. E, de acordo com um novo artigo, as chances d a vida ter surgido por puro acaso na Terra são tão pequenas que é possível que nosso planeta tenha sido semeado por “extraterrestres avançados”.A Terra pode ter sido semeada por "extraterrestres avançados", diz novo estudo

Crédito da imagem ilustrativa: n3m3/leonardo.ai

Embora o professor de biologia de sistemas do Imperial College London, Robert Endres, admita que o surgimento da vida ainda pode ter sido o resultado de reações químicas que passaram de arranjos altamente desordenados para arranjos ordenados, como relata o Universe Today, ele também deixa em aberto essa possibilidade muito mais exótica.

A hipótese de que “alienígenas fizeram isso violaria a navalha de Occam“, admitiu Endres em seu artigo ainda não revisado por pares, mas ele se recusa a descartá-la como uma “alternativa especulativa, mas logicamente aberta“.

Panspermia, como você deve se lembrar, é a teoria de que a vida se espalhou pelo universo por meio de planetoides, asteroides ou outros objetos naturais. Levando a ideia um passo adiante, você chega à “panspermia dirigida“: a hipótese de que uma civilização extraterrestre deliberadamente trouxe vida à Terra.

A teoria foi proposta pela primeira vez no início da década de 1970 para explicar a incrível improbabilidade da vida na Terra. Mesmo na época, os autores — incluindo o biólogo molecular Francis Crick, famoso pela descoberta da estrutura helicoidal do DNA, e a química Leslie Orgel, do Instituto Salk de Estudos Biológicos — admitiram que “evidências científicas” eram “inadequadas” para “dizer qualquer coisa sobre a probabilidade“.

Para sua pesquisa, Endres desenvolveu uma “estrutura baseada na teoria da informação e na complexidade algorítmica” para estimar a “dificuldade de reunir informações biológicas estruturadas em condições pré-bióticas plausíveis“.

Ele concluiu que uma “sopa puramente aleatória“, composta de moléculas que eventualmente permitiram a formação da vida na Terra, era “muito perecível” e que “alguma forma de estrutura informacional pré-biótica deve preceder a evolução darwiniana“.

Endres também explorou a questão “irresistível” de se nosso planeta foi terraformado por outra espécie.

O artigo diz:

“Hoje, os humanos cogitam seriamente a possibilidade de terraformar Marte ou Vênus em revistas científicas. Se civilizações avançadas existem, não é implausível que tentem intervenções semelhantes — por curiosidade, necessidade ou planejamento.”

Ainda assim, ele admite que é uma aposta arriscada.

Endres escreveu:

“Invocar a terraformação acrescenta complexidade explicativa sem restrições.”

Ele acrescentou, referindo-se a um processo natural hipotético pelo qual a vida surgiria de matéria inanimada:

“E embora não possamos provar que a abiogênese é inevitável, ela permanece consistente com a termodinâmica.”

Fonte:https://www.ovnihoje.com/2025/09/14/a-terra-pode-ter-sido-semeada-por-extraterrestres-avancados/?utm_source=mailpoet&utm_medium=email&utm_source_platform=mailpoet&utm_campaign=ovni-hoje-newsletter-total-artigos-neste-e-mail_1

Sugerido por: MaryH

domingo, 14 de setembro de 2025

CNNBrasi: Deputado do PSOL convoca audiência pública sobre Ovnis na Câmara

 

Chico Alencar organiza reunião para debater conexão entre ufologia e o uso da Lei de Acesso à Informação para soberania do país

Thiago Félix, da CNN, São PauloFachada da Câmara dos Deputados
Chico Alencar aponta que a consulta não será necessariamente sobre ET’s  • 23/05/2018 - Leonardo Sá/Agência Senado

Uma audiência pública organizada pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) sobre Ovnis (Objetos Voadores Não Identificados) está marcada para o próximo dia 16 de setembro, em Brasília, na Câmara.

O parlamentar convocou especialistas para discutir o tema, considerando a conexão com a LAI (Lei de Acesso à Informação) e a soberania nacional. Para o deputado, em julho de 2023, o Congresso dos Estados Unidos fez audiência similar, para militares prestarem depoimentos sobre possíveis encontros com Ovnis.

Na justificativa para a audiência, o deputado aponta que a consulta não será necessariamente sobre ET’s, “vale ressaltar que um Ovni não significa uma nave extraterrestre; o termo é utilizado para descrever algo que não pôde ser identificado por quem observou o fenômeno”, cita trecho do documento.

Convite da audiência pública que a CNN teve acesso • Reprodução
Convite da audiência pública que a CNN teve acesso • Reprodução

Em entrevista à CNN, Chico Alencar comenta a importância do debate.

"A gente sabe que a curiosidade humano sobre objetos voadores não identificados é imensa no mundo inteiro. Está nas canções, está nos corações, está nas mentes e no direito à informação, tem a ver, inclusive, com a soberania nacional. Todo elemento que a gente tem dúvida acaba sendo trancafiado a sete chaves, esse sigilo aumenta a expectativa", diz o deputado.

O texto endereçado à Câmara dos Deputados relembra dos documentos que foram disponibilizados pelo Arquivo Nacional, os relatórios do SIOANI (Sistema de Investigação de Objetivos Aéreos Não Identificados) que operou entre 1969 e 1972, sob responsabilidade da FAB (Força Aérea Brasileira).

Participam da audiência pública os seguintes especialistas:

  • Thiago Ticchetti, pesquisador ufólogo há mais de 30 anos
  • Vitório Pacaccini, atuou por dezoito anos junto ao Cicoani (Centro de Investigação Civil de Objetos Aéreos Não Identificados) e possui mais de 30 anos dedicados à pesquisa ufológica;
  • Marco Antônio Petit de Castro, ufólogo, escritor e coeditor da Revista UFO e membro fundador e atual Presidente da CBU (Comissão Brasileira de Ufólogos);
  • Fernando de Aragão Ramalho, membro e vice-presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos;
  • Wagner Vital, engenheiro, pesquisador de fenômenos anômalos não

Fonte:  https://www.cnnbrasil.com.br/politica/deputado-do-psol-convoca-audiencia-publica-sobre-ovnis-na-camara/?utm_source=whatsapp&utm_medium=whatsapp-link&utm_content=canal

quinta-feira, 11 de setembro de 2025